quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Todo Carnaval Tem Seu Fim

Esse post vem para encerrar oficialmente a temporada de Mochiladas do Dan 2012/2013. Foi muito bom esse tempo que passamos juntos aqui, obrigado de coração! Agora é tempo de processar todo o aprendizado e quem sabe planejar a próxima grande aventura

Um abraço a todos vocês que viajaram comigo! \o/

o.Ô'

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Batu Caves


Batu Caves é uma formação montanhosa que contém uma série de cavernas e templos hindus no distrito de Gombak, a 13km de Kuala Lumpur, Malásia. É o ponto focal do festival Thaipusam na Malásia, que foi celebrado no último domingo (27-jan), razão pela qual o lugar estava devastado na minha passagem pelo local dois dias depois do grande evento

Havia lixo por todos os cantos, lugar muito deteriorado, desagradável, deprimente, defecatório, decaído, decomposto, decrépito, deplorável e decepcionante. Durante a minha visita tentei ser o mais breve possível coletando imagens e informações tudo num fôlego só, depois disso fugi correndo dali

Me pergunto como um local sagrado para o hinduísmo e ao mesmo tempo um ponto turístico malaio pode ser tão mal cuidado assim!? Não faz o menor sentido pra mim. Estou começando a achar que os indianos tem uma característica peculiar de não possuir olfato, eles vivem em plena harmonia e não estão nem aí. Caso planejem visitar Batu Caves não esqueçam seu Bom-Ar e máscaras de oxigênio... ou melhor ainda um traje de mergulho, de astronauta ou anti-nuclear

Com uma força extra na memória consigo lembrar de outras coisas no passeio a não ser pelo pandemônio sanitário: escadaria, macacos, sol e estátua gigante dourada




o.Ô'

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

domingo, 27 de janeiro de 2013

Singapura Post-Cards

A arquitetura impressiona. Singapura é definitivamente uma cidade bonita e bem organizada. Separei alguns post-cards de minha autoria para a apreciação geral, espero que gostem



Localizada no Marina Bay, a grandiosa Singapore Flyer possui 165 metros de altura, sendo assim a maior roda gigante do mundo, 30 metros maior que a London Eye. Cada capsula com possui ar-condicionado e a capacidade de 28 pessoas. A rotação completa dura aproximadamente 30mins



ArtScience Museum, a Flor de Lótus de concreto localizado no Marina Bay. A foto mostra também os grandes prédios ao fundo e um eclipse solar. Sim, eu chamo do que eu quiser



A Ponte Helix, famosa por seus "ferros retorcidos" e ao fundo o que eu gosto de chamar os prédios do barco, ou seja, o Hotel Marina bay Sands. Foi construído por uma empresa americana a partir no "nada". É um aterro de areia e um mega-luxuoso hotel com uma vista que eu posso imaginar... com reservas de no mínimo um mês de antecedência, o ingresso para aproveitar o deck (o topo de Singapura) custa US$20

Bom, essas foram algumas das maravilhas que eu capturei em minhas lentes, mais estão por vir

o.Ô'

Orçamento Astronômico


É com muita dor no bolso que eu escrevo esse post a vocês meus caros leitores diretamente de Singapura, mas para que vocês entendam o meu drama, segue uma breve introduçao retirada do wikipédia

Singapura é uma cidade-Estado localizada na ponta sul da Península Malaia, no Sudeste Asiático. Um país insular constituído por 63 ilhas, é separado da Malásia pelo Estreito de Johor, ao norte, e das Ilhas Riau (Indonésia) pelo Estreito de Singapura, ao sul

Singapura é altamente urbanizado, mas quase metade do seu território é coberto por vegetação. No entanto, mais terras estão sendo criadas para o desenvolvimento por meio de aterramento marítimo.

Singapura tinha sido uma parte de diversos impérios locais desde que foi habitada no século II d.C. A Singapura moderna foi fundada como um posto comercial da Companhia das Índias Orientais por Sir Stamford Raffles em 1819 com a permissão do Sultanato de Johor. Os britânicos obtiveram a soberania completa da ilha em 1824 e a cidade se tornou um dos Estabelecimentos dos Estreitos britânicos em 1826. Singapura foi ocupada pelo Império do Japão na Segunda Guerra Mundial e voltou ao domínio britânico após a guerra. Tornou-se auto-governada internamente em 1959. O território uniu-se a outros ex-territórios britânicos para formar a Malásia em 1963 e tornou-se um Estado totalmente independente dois anos mais tarde após a separação da Malásia

Desde a separação da Malásia, Singapura teve um aumento maciço em termos de riqueza e é um dos quatro Tigres Asiáticos. A economia depende fortemente da indústria e dos serviços. O país é um líder mundial em diversas áreas: é o quarto principal centro financeiro do mundo, o segundo maior mercado de jogos de casino e o terceiro maior centro de refinação de petróleo do mundo. O porto da cidade é um dos cinco portos mais movimentados do mundo. O país é o lar do maior número de famílias milionárias em dólares per capita do planeta. O Banco Mundial considera a cidade como o melhor lugar no mundo para se fazer negócios. O país tem o terceiro maior PIB per capita por paridade do poder de compra do mundo, tornando Singapura um dos países mais ricos do planeta

Cerca de 5 milhões de pessoas vivem em Singapura, dos quais 2,91 milhões nasceram no local. A maioria da população é descendente de chineses, malaios e indianos. Há quatro línguas oficiais: inglês, chinês, malaio e tâmil. Um dos cinco membros fundadores da Associação de Nações do Sudeste Asiático, Singapura também abriga a Secretaria da APEC e é membro da Cúpula do Leste Asiático, do Movimento dos Países Não-Alinhados e da Commonwealth

Agora que todos sabemos sobre a história de Singapura eu posso revelar o meu drama: Depois de vistar Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã e Malásia, visitar Singapura é nada mais que uma tortura financeira. O hostel mais barato custa US$30, a refeição mais barata custa US$5 e as atrações turísticas eu nem passo perto da bilheteria para não ter um treco. Eu já estava ficando acostumado a pagar US$5 por um hostel, US$1 por uma boa refeição e tudo indo muito bem com os gastos

Hora de reviver as experiências passadas na Europa, aliás, Singapura é mais rico que muito país na Europa. No começo do dia fui a um supermercado e comprei os suprimentos do dia: um saco de pão de forma, duas latas de atum e 2L de chá, receita que eu desenvolvi em minha passagem pela Suíça e em Singapura isso me custou US$8. Passei o dia rodeando a cidade e de vez em quando uma parada para devorar um sanduba de atum feito na hora. Meu último sanduba de atum foi ingerido pouco antes da hora de dormir, sucesso! Passei o dia inteiro fotografando essa bela cidade entre prédios, parques, shoppings e etc e no final gastei somente US$8! Minhas habilidades mochileiras estão ficando afiadíssimas mas ainda assim é um sofrimento só, entendam que eu estou no fim da trip e isso significa fim do orçamento. Um exemplo rápido: calor de 38 graus C, você vê um carinha vendendo sorvete na rua e por curiosidade pergunta o preço... ;(

Dica preciosa: se você pensa em incluir Singapura no seu roteiro de viagem vá para lá no começo da trip, o caminho de ida é muito mais suave que o caminho de volta, assim você evita o sofrimento que eu estou passando com o orçamento

3 dias restantes...


o.Ô'

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Templo Cheng Hoon Teng


Melaka, Malásia. Por favor não confundam o nome dessa cidade com Meleka, não tem nada de meleka por aqui, ela é muito bonita e bem organizada. Logo pela manhã eu saí em missão exploratória com a companhia ilustre de um brother indonésio, o Faliz. Ok podem confundir o nome dele com Feliz, ele é feliz mesmo

Nas andanças pela cidade fomos até o templo Cheng Hoon Teng onde achei essa maravilha de silhueta, bela construção. É o templo chinês mais antigo da Malásia e localiza-se na rua conhecida como Harmony Street, nome dado por causa da proximidade da mesquita Kampung Kling e o templo budista Sri Poyatha Moorthi, cada um com suas diferenças e todos em perfeita harmonia




o.Ô'

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Jardins de Kuala Lumpur


Kuala Lumpur, a grande capital da Malásia é um exemplo em urbanização a ser seguido. Bem próximo da chinatown encontram-se os esplêndidos jardins. Digo os jardins porque a divisão é bem clara, alguns são gratuitos e outros são pagos, mas tenho certeza que a taxa de entrada é destinada à manutenção dos jardins, que são impecáveis. Um ônibus circular percorre todos os jardim e torna o deslocamento muito fácil

Estávamos eu e um americano/israelense gente boníssima com sua Canon EOS 60D, sendo assim o parça da fotografia do dia. Fomos primeiro Jardim das Orquídeas, um espetáculo de cores. Esse ficava numa posição privilegiada da cidade, com vista para KL Tower, Petronas e a grande bandeira da Malásia hasteada no Merdeka Square

Depois do Orchid Park passamos direto pelo Bird Park (40RM, estava fora do orçamento) e fomos ao Butterfly Park onde pagamos 20RM na entrada. Valeu cada centavo, eu recomendo. Uma tela de proteção sobre nossas cabeças não deixava que as borboletas fugissem e o lugar estava repleto delas, cada uma com sua leveza e estilo próprio, algumas delas pousando em nossos ombros, outras só observando, e outras aceitando o convite do vento para dançar. Afinal como diz a letra de O Teatro Mágico " [...] borboleta é uma flor que o vento tirou pra dançar [...]"

O mais curioso foi ver o atrevimento de um louva-deus tendo sua refeição tranquilamente em público no meio do parque das borboletas. Observe atentamente a foto, não é uma folha e uma asa de borboleta, é a natureza exercitando seu equilíbrio. Parque das Borboletas, mais conhecido como o paraíso dos louva-deuses



O dia foi muito produtivo meus caros, boa companhia e bom cenário, ainda sim contando os dias pra voltar pra casa... 7


o.Ô'

Mesquita Nacional


A religião mais praticada na Malásia é o Islamismo e nada mais justo que a cidade possuir uma mesquita gigante para seus fiéis muçulmanos praticarem sua fé. Na Mesquita Nacional da Malásia a visitação para turistas é livre e trajes apropriados são exigidos (oferecem uma manta gratuita na entrada aos desavisados). A construção possui uma área de 13 hectares e a torre possui 73 metros de altura, uma arquitetura belíssima




o.Ô'

sábado, 19 de janeiro de 2013

Another Travel Story

Since Daniel and I have spent the last 57 days traveling together and today is our last day together, we thought it would be fun if I wrote an entry reflecting on our adventure through Southeast Asia.

After living in Korea for one year teaching English, I decided to do some traveling through the glorious contient I had been living on. I headed first to Bali, then to Singapore, then Malaysia then finally to the land of all lands: Thailand. 

In this glorious land of lands, I met a sound group of people at a pretty sound hostel called Pak-Up. They all met on Ko Phi Phi the previous week and were already tightly bonded. Luckily, they had room in their hearts for one more. In Krabi we all did some kayaking and let our inner child come out at the carnival each night playing balloon dart games. We also indulged in heaps of pad thai, one too many Chang's and of course, some buckets. 

From Krabi we all headed to Ko Phangan for the Full Moon Party which was a crazy time for all of us. Some of us got really sick (myself included) and some of us had a little too much fun (no names will be mentioned here :P). From Ko Phangan I left the Krabi- Crew and went to Ko Phi Phi. I later met some of the Krabi-Crew in Bangkok. 

From Bangkok the group split even more. Left was Daniel, Fritha, Rob and myself. We took an overnighter and headed to the north (Chiang Mai) for some relaxation and elephant riding. After that, the final split was about to take place. Fritha and Rob went their way, and Daniel and I headed to Chiang Rai to cross into Laos the following day.

We crossed into Laos (which is easier than buying a chocolate bar at the 7/11). We stayed in Huay Xai for one night and then went on The Gibbons Experience. The Gibbons Experience is one of my best memories on my trip. We zip lined through the Bokeo Jungle and slept in a treehouse. A REAL treehouse. Built on the biggest tree in that jungle. 

Daniel decided to take the slow boat to Luangprabang and I wanted to explore the north of Laos a bit more, so we parted for a few days. (He probably also took this time to regain some of his sanity after spending so much time with my crazy self). We met again in Luangprabang and it was a happy day. It was even happier the next day when we met up with a fellow Krabi Crew member: Max. Luangprabang was a really unique city. It's colonial architecture mixed with the slow-paced lifestyle makes you forget that you are right smack-dab in the middle of Southeast Asia. We met some cool people that we were lucky enough to meet again later on our journey.

So Daniel, Max and I went ventured down to Vang Vieng, did some river tubing, feffed around a little, and then split from Max the next day. He was heading home in a few days and we were heading to the 4000 Islands for the holidays. 

The 4000 Islands were a blast. The culture of this island is so different from the islands we visited before. There's one main road. The only vehicles that use this road are motorbikes and bicycles (besides the odd tuk tuk truck). Along this road are restaurants and bungalows looking out onto the river. There are two sides to this island: the sunrise side and the sunset side. We stayed on the sunrise side, which was 10 minutes from the island centre. We stayed in a cheap bungalow with a straw-matressed bed, offering nothing but hamocks, silence (except for the morning rooster calls), good food and good company. It was here that we met a good pal named Nithun. He was really happy and made us happy as well. Along with a buddy from Luangprabang, we did some river tubing and on Christmas Eve day we went on a kayaking trip to see river dolphins. 
Christmas didn't feel like Christmas, but it's one I'll always remember because it felt like any other day. I was happy to spend it with good friends. 

After Christmas day, we headed to Cambodia. We had a long, long day of traveling and were plesantly surprised when we arrived at our hotel and it was AMAAAAZZZZING! So clean, great staff, comfy bed, TV and good wifi. Like a dream I tell ya, like a dream. 

We spent the next few days discovering the temples of Angkor Wat. New Years Eve was fast approaching and we thought "what better way to spend New Year's Eve than on a beach?" So, we did. Took the overnighter to Sihanoukville and plopped ourselves on loungers by the ocean as soon as we got there (because our we couldn't check into our hotel yet). On the day of New Year's Eve we went on a party boat. We thought it was going to be a rager, but the only thing party-esque about this party boat was the name of the party boat which is Party Boat. Our fellow partiers were not very social and the children weren't big drinkers. The current was too strong to head onto the island where the fun was to happen, people complained and we turned around and got our money back. It was for the best though, as I figured out that I get seasick and was lying on the floor practising my yoga breath trying not to show everyone what I ate for lunch.

New Years Eve was special and probably the most pivotal point of mine and Daniel's friendship. We always knew that we had a connection, but this was when we realized that we were more alike and that our friendship was more special than just a travel buddy friendship. It's a real learn from each other, get mad at each other, laugh with each other, talk about anything with each other and always have each other's back kind of friendship. 

A few days later we went to Phenom Phen in Cambodia and then left for Vietnam. Vietnam was one of the places I was most looking forward to traveling through, although I had heard it's also one of the most annoying countries to travel through (which is true). There are people literally at your ear, in your face, at your feet (trying to shine your shoes) everytime you leave your hostel. I knew that in Southeast Asia (and most tourist countries) people see you as a walking dollar sign, but Vietnam really puts the icing on the cake for this. The first tour we went on was good, but the second was awful. The tour guides blatenly ask you to tip them and the bus drivers, even though you already pay to go on the tour. At this point of my trip, i was losing it a little and even lost it a little on a tour guide. Luckily, Daniel stayed calm through the few days i was breaking down and helped me through it to contiue on our way. 

We stopped in Nha Trang on our way from Ho Chi Minh to Hoi An and spent the day at a spa. It was a much needed and glorious day of relaxation. We had a mud bath, a mineral bath and then lounged all day and swam in the hot pool and cold pool. Hoi An was a really cool city (both weather and scenery wise). We met a really nice couple and went bike riding with them (as well as shared a few glasses of 3000 dong fresh beer)! 

Daniel and I stopped in Dong Hoi on our way up north and went to Phong Nha- Ke National Park to see the caves. These caves were unreal. It's hard to beleive that they are natural (although I have no doubt that they are) because they look perfectly scultped. No picture could do them justice. This was a great day too because we met some lovely people on the trip. We met a couple from Holland and a girl from Australia. 

We only spent a day in Dong Hoi because my travel time was coming to an end. We took the overnighter to Hanoi (where we met the Dutch couple again) and then headed to Halong Bay the next day. Halong Bay was beautiful and we had great company. Yuroon and Sophie (Dutch couple) came on the same trip as us and we met another couple from England and the U.S. 

Halong Bay was pretty hazy and chilly and we heard Sapa was even worse (which was our next and last stop) so Daniel and I fled to Malaysia. So now, we are in Kuala Lumpur, which is one of my favourite cities I've visited, and I am writing this as the clock ticks our time together away. 

This post is what it is; another travel story. But if you read between the lines, you can see it's more than that. It's about two people from completely different backgrounds with different interests and a different life, meeting and going on the journey of a lifetime together. Most people traveling alone meet people here and there along the way. If you travel alone (which I encourage you to do) you may be lucky, like we were lucky, to meet someone going your way, the whole way. For me, having this experience was life changing and being able to share this life changing experience with someone so special, well, that was just pure luck.

Isso é Kuala Lumpur


Kuala Lumpur, Malásia. Ainda estou formando minha opinião sobre essa grande cidade mas vou descrever brevemente minhas primeiras (péssimas) e segundas (ótimas) impressões. Saímos do frio do norte do Vietnã e chegamos no calor úmido da Malásia, pronto para voltar a usar meu uniforme: regata, shorts e chinelos

Primeiro o que vem em primeiro, ou seja, a primeira impressão. Pousamos no aeroporto internacional de Kuala Lumpur e foi pá-pum obter o visto de entrada no país de noventa dias, só estava nervoso pois ao despachar a mala em Hanoi a atendente me fez assinar um termo que dizia que eu estava ciente e arcaria com os custos caso a minha entrada seja negada na imigração malaia, uma maldita pulga atras da orelha devido a experiências passadas que ainda não foram superadas. Até eu receber o carimbo de entrada na Malásia eu estava realmente estressado, mas ela estava lá para me acalmar e isso me ajudou consideravelmente

Imigração ok, agora chega a hora de achar um cafofo. Como não era a primeira vez da Leanne em Kuala Lumpur fomos direto para o hostel que ela havia se hospedado anteriormente mas no caminho a primeira impressão foi ficando cada vez mais e mais forte, e não era coisa boa. Era noite e tivemos que pegar um ônibus até o centro da cidade e depois pegar o metrô até a Chinatown onde se encontra grande variedade de acomodação boa e barata

Sentimentos bons ou ruins são difíceis de serem explicados mas vou tentar. Sou muito observador e nessa viagem fiquei especialmente sensível a tudo o que acontece ao meu redor. Nós com as mochilas pesadas e tendo que andar pela cidade a noite, os habitantes locais (indianos e chineses na maioria) nos olhavam com um certo olhar de maldade e junto com ruas mal iluminadas, odores fortes, ratos, clima quente e úmido me fizeram detestar a cidade logo de cara, pela primeira vez em toda a viagem tive a sensação de que algo de ruim poderia acontecer

Chegamos no hostel são e salvos e o recepcionista nos recebeu com o entusiasmo de uma criança ao receber meias como presente de Natal. O cara era um morto e só de falar já me da sono. A única opção era um dormitório com 8 camas e lá deixamos nossas malas. Meu nível de apreciação foi caindo gradativamente pois o wi-fi estava fora do ar, o lugar não era tão limpo assim e também nem tão barato

Fomos nos alimentar logo na sequência e ela disse que ali perto havia um bom restaurante indiano bem barato. Fui conferir, eu estava faminto e as palavras "perto" e "barato" me animaram um pouco. Chegando no restaurante eu fiz meu prato no buffet e na primeira garfada a minha boca queimou com o excesso de pimenta, foi um desafio e tanto comer toda aquela comida apimentada no nível indiano e com um monte de ossos de galinha no meio do meu curry. E ainda a parte do comida barata era apenas para vegetarianos, eu paguei quase o dobro que ela pelos ossos na minha comida. Atenção ao nível de estresse subindo gradativamente

No caminho de volta para o hostel Leanne já estava preocupada com meu estado de espírito e pra ser sincero eu também. Passaríamos os nossos últimos dias juntos de viagem numa cidade onde eu não me sentia bem num modo geral. Conversamos bastante e no fim simplesmente decidimos dormir e ver se eu recuperava a minha alegria natural de enfrentar tudo e todos. Refletindo com meus botões eu entendi o que se passava, eu estava esperando algo de especial dessa cidade, mas nada de especial a cidade tinha a nos oferecer. Foi aí que eu percebi o quanto estúpido seria aguardar algo externo acontecer, eu tinha tudo o que precisava comigo, o meu universo estava completo

A primeira (péssima) impressão acabou na mesma noite, na manhã seguinte o sol varreu todo sentimento ruim e a cereja do bolo foi o beijo de bom dia que eu recebi na cama, o suficiente para despertar o verdadeiro eu, cheio de alegria e energia. E aqui começa o relato da segunda (incrível) impressão

Mochilas apostas para passar o dia inteiro andando pela cidade e lá fomos nós, o itinerário era visitar Chinatown, Central Market, Merdeka Square, Little Índia e terminar no Kuala Lumpur City Centre, as famosas torres Petronas e quem sabe assistir um filme de Bollywood no KLCC

Kuala Lumpur é definitivamente um destino que deve ser visitado. A cultura indiana e a economia chinesa movem a cidade e quem diria que esse mix funcionaria tão bem. Fiquei boquiaberto com as construções diversas e grandiosas uma ao lado da outra, são templos budistas, templos hindus, templos muçulmanos, prédios comerciais, shopping centers massivos e tudo em perfeita e confusa harmonia

Chegando no KLCC fomos à bilheteira do cinema e tivemos a sorte de poder assistir ao filme recém-lançado "Bad Boy - Alex Pandian". Duas horas de puro entretenimento dentro de uma sala de cinema. O filme conta a história desse cara que é bom de briga, herói nacional, bom dançarino, conquistador, cobiçado pelas mulheres, engraçado e foda. Alex Pandian é o cara! Antes que me perguntem qual o gênero do filme eu direi que é um pouco de tudo: musical, ação, romance, comédia... isso é bollywood! Nos divertimos demais no cinema e nos custou somente 12RM, ou US$4. Eu recomendo, foi divertidíssimo!

Ao sair do cinema já era noite e fomos do lado de fora do shopping para apreciar as torres Petronas com todos os seus holofotes, uma beleza criada pelo homem, entendo perfeitamente porque é o cartão postal de Kuala Lumpur. Nesse momento eu deixei escapar uma lágrima de pura felicidade que ela gentilmente limpou com sua blusa

Para encerrar as minhas primeiras e segundas impressões sobre Kuala Lumpur quero dizer que as vezes nos perdemos procurando a felicidade ao nosso redor e esquecemos de que a verdadeira felicidade é simples e está dentro de nós. Basta um raio de luz para acabar com a completa escuridão, iluminem


E no meio de Kuala Lumpur uma bela cachoeira

Damas muçulmanas de vermelho

Cartaz do filme Bad Boy - Alex Pandian, um clássico de Bollywood

Little Índia, literalmente

Isso é Malásia


o.Ô'

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Mudaram as Estações




Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim tão diferente

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa

Por Enquanto - Cássia Eller

Viajei nessa música mas voltamos ao FOCO! Quem acompanha de verdade minhas histórias sabe o que se passa na minha cabeça mas o dever me chama, quero contar como eu fugi do frio

Ali estávamos em Hanoi, no Vietnã. Temperatura máxima de 15 graus C, tempo nublado o dia inteiro com garoa frequente. Eta clima de ressaca. O plano para os próximos três dias era visitar Sapa, os arrozais e o cenário montanhoso incrível dessa cidadezinha mais ao norte do Vietnã. Os rumores diziam que o frio e as nuvens baixas estavam arruinando todos os passeios para lá, o contribuiu em grande peso na decisão de voar para longe dali

Na lista dos possíveis destinos estavam Filipinas, Indonésia ou Malásia. Depois de idéias, propostas e contra-propostas, 10 longos minutos de discussão e a decisão: Kuala Lumpur, Malásia. Foi tudo muito rápido desde a decisão até chegar ao destino, sem nenhum estresse e nada absurdamente caro, voei por US$ 175. Em Kuala Lumpur é outra história, mas posso adiantar o quanto estou satisfeito em voltar a usar shorts, regata e chinelo

o.Ô'

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Halong Bay

Uma das sete maravilhas naturais do mundo foi descoberta (no meu universo) e aqui estou para relatar essa incrível experiência

Tudo começou numa terra muito muito distante chamada Hanoi, Vietnã. Lá nos hospedamos num hostel super pra frentex chamado Hanoi Backpacker's Hostel, mesmo lugar onde compramos o pacote turístico para Halong Bay, o esplêndido Cristina Tour

Na noite anterior ao passeio encontramos com o casal holandês novamente para jantar e depois tomar uns drinques. Eles também compraram o pacote do Cristina Tour e teríamos a honra de compartilhar mais dois dias na presença dessas pessoas incrível

O dia seguinte começou agitado com uma correria para fazer as malas pois dormiríamos num barco uma noite e deixaríamos nossas tralhas no hostel mesmo, estaríamos bem se não fossem os minutinhos fatais na cama, tão confortável e quentinha. Com tudo pronto e o café da manhã tomado a van chegou e todos embarcamos com toda a sonolência do universo

Quatro horas até chegar no porto de Halong Bay. Movimentação intensa, muita gente embarcando em dezenas de barcos e lá fomos nós ao encontro da Cristina (nosso barco, nada muito grande... eramos um grupo de 15 pessoas). As primeiras impressões foram bastante positivas com um banquete de entrada antes de sermos apresentados aos nossos aposentos. Comida deliciosa em grande abundância que me tirou da órbita por longos minutos, um deito foi necessário mas quem consegue fechar os olhos com uma vista dessas?



Logo tivemos a primeira parada do dia, as cavernas. Não tenho muito o que falar até porque eu já havia visitado as cavernas de Phong Nha-Ke, a maior do mundo (eu acho). A segunda parada foi no centro de Halong Bay num ilhota com uma vista de 360 graus de uma das sete maravilhas naturais do mundo! A vista é de tirar o fôlego literalmente depois de subir a escadaria de mais de 500 degraus. Para conhecimento geral entre as maravilhas estão a Floresta Amazônica e até as Cataratas do Iguaçu, uma lista que merece todo respeito



Voltamos ao barco e a noite caiu. Tivemos uma classe de culinária, lição "como enrolar um spring roll". Foi bem simbólico, não aprendi muita coisa. Caso alguém queira que eu cozinhe um prato famoso no sudeste asiático prepare-se para comer miojo. O jantar logo após a classe foi espetacular e ali ficamos na sala de jantar jogando muita conversa fora e também fazendo novos amigos, uma noite fria e agradabilíssima. De vez em quando eu ia para o lado de fora para apreciar a calmaria e os barcos iluminados aos arredores. A noite não tinha estrelas e nem luar, mas ela iluminava a noite mais do que qualquer corpo celeste

No dia seguinte acordamos cedo para liberar o quarto (registrado tempo limite de check-out mais cedo de todas as minhas viagens, 8:30am) e assim fizemos. Café da manhã, fotos, contatos trocados, almoço e partiu de volta para o porto de Halong Bay. Mais quatro horas de volta e estávamos em Hanoi novamente no Hanoi Backpacker's Hostel. Para você que pensa em ir pra Vietnã não perca Halong Bay, foi o espetáculo máximo da minha estadia na terra dos saudosos vietcongos

o.Ô'

domingo, 13 de janeiro de 2013

No Rechaud

A imersão cultural continua e nada como apreciar um jantar como se fossemos locais: sentados na calçada no Old Quarter em Hanoi, Vietnã. O lugar estava abarrotado de gente e só conseguimos um lugar na rua, bom o bastante. Conosco estavam o casal de holandeses que encontramos em Hoi An no passeio das cavernas espetaculares, o gente boa e foi muita sorte encontrá-los novamente

O prato de filetes de carne custa 200mil DON e o prato de vegetais 50mil DON. O garçom simplesmente te traz o prato com a comida (crua) e uma pedra inflamável em chamas posicionada embaixo de uma chapa circular, a grelha. Jogue óleo e todo o resto na chapa e aproveite! O tempero preparado dá um tcham especial e para um tcham-tcham além do especial peça uma Saigon para acompanhar nos trabalhos, dilíça!



o.Ô'

Phong Nha-Ke Bang

Foi muito bom conhecer a cidadezinha de Hoi An mas tenho que confessar que nada muito excitante aconteceu na nossa estadia na capital vietnamita dos alfaiates. Comprar roupas não é meu forte e o clima de ressaca, tempo nublado e chuvoso contribuíram para um relax total. Depois de duas noites, hora de mover para Dong Hoi, ainda no Vietnã

Foram oito horas de ônibus até chegar Dong Hoi, era noite quando desembarcamos numa rua deserta, sem uma mísera espelunca aberta. Como não tínhamos nenhuma reserva de hotel, foi hora de usar a minha super habilidade especial de fazer as coisas darem certo quando tudo parece estar perdido. ←, ↑, →, □, o, x e tchammm! Achamos um hotel por 5 dólares, super confortável, limpíssimo, com restaurante (comida da boa), camas confortáveis e gente boníssima!

Nam Long Hotel caiu como uma luva e foi lá onde compramos um pacote turístico para ir visitar as cavernas no dia seguinte. O Parque Nacional de Phong Nha-Ke Bang é a principal atração que nos trouxe para essa pacata cidade

Encontramos um grupo legal de pessoas que fariam o mesmo tour conosco. Um casal de holandeses, uma australiana e um casal de alemães. Sete viajantes prontos para conhecer uma maravilha da natureza, duas cavernas massivas com uma infra-estrutura excelente, totalmente preparada para receber centenas de turistas todos os dias

Fomos de ônibus até o cais com direito a paradas para fotografar a maravilha das plantações de arroz com as montanhas ao fundo



Chegando no local da troca de veículo, tomamos um barco para entrar na primeira caverna. Impressionante mas eu já sabia que a segunda caverna ganharia de 10 x 0 então segurei minhas expectativas. Nessa caverna é possível se aventurar de kayak mas devido ao frio, fora de cogitação, um barco com cadeira de plástico já está de bom tamanho



Depois da pausa para o almoço seguimos para a Paradise Cave, a mais famosona. Foi engraçado que a van para em certo ponto e para chegar até a caverna, fomos levados por um carrinho de golfe com 8 lugares (uhul, salve o meio ambiente!). O lugar estava bem vazio pela aparente capacidade. Essa caverna consistia em um caminho único de 1km caverna adentro com boa iluminação, escadas e passarela para evitar o desgaste das rochas. Maravilha da natureza muito bem preservada pelos homens, belo trabalho em conjunto produção!



Para finalizar uma pequena e rápida trilha aos arredores para ver as corredeiras, rendeu mais boas fotos



Voltamos para o hotel bem satisfeitos com o passeio, e foi o tempo de jantar, pegar as malas e partir para Hanoi... Sapa e Halong Bay estão aguardando a presença do casal mais lindo do mundo, modéstia parte

o.Ô'

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Pescando em Hoi An

Hoi An é uma cidade famosa por seus alfaiates que fazem roupas sob medida a um custo baixíssimo. Bom, como eu não sou nada do tipo consumista fico com um dos meus maiores prazeres que é fotografar. Essa foto foi tirada de cima de uma ponte não muito longe do centro histórico, a água refletindo o céu completamente nublado deu um efeito bem legal. O caras pescando peixes e eu pescando as belezas desse mundo



o.Ô'

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Da Lama ao Caos


Olha a máquina da improbabilidade infinita trabalhando novamente ao nosso favor, mais uma experiência nova, inusitada, fresca, quente e levemente mal-cheirosa. Calma, que eu já explico

O plano inicial foi pegar um ônibus que nos levasse diretamente de Ho Chi Minh até Hoi An, pulando as praias de Mui Ne e Nha Trang. Tínhamos somente duas opções disponíveis: 24hrs dentro de um ônibus ou duas noites (12hrs + 12hrs) e no meio um dia inteiro em Nha Trang. O espírito mochileiro falou mais alto e a decisão final foi passar a noite inteira no overnighter bus, passar o dia em Nha Trang e depois outra noite no ônibus até chegar em Hoi An. Chalenge Accepted!

A primeira fase do plano foi bem-sucedida, o ônibus de Ho Chi Minh até Nha Trang foi bem confortável e conseguimos descansar satisfatoriamente na viagem. Chegamos em Nha Trang bem cedo e não nos hospedaríamos em nenhum hotel/hostel/guesthouse/resort/bangalô/casa na árvore, nem algo parecido com uma residência fixa provisória. Simplesmente largamos nossas malas na agência de turismo onde deveríamos estar de volta no fim da tarde do mesmo dia

Depois de uma dose considerável de café vietnamita fizemos um brainstorm. A questão em pauta era o que fazer em Nha Trang num dia nublado em apenas 12 horas. Várias idéias estúpidas surgiram como cartas, dominó, ficar bêbado de cerveja barata (50 centavos por uma caneca), tomar um banho de lama... oh wait! Banho de lama está longe de ser uma ideia estúpida, é simplesmente genial! A idéia da lama veio do livro Lonely Planet Vietnam, um guia brilhante nas horas em que você se pergunta "Oh, e agora quem poderá nos guiar?". O nome do spa é Thap Ba Hot Spring Center, vulgarmente conhecido como paraíso da lama

Lá fomos nós nos enfiar na lama literalmente. Era tão cedo que tive a impressão que nós abrimos o recinto naquele dia, 9am estávamos lá depois de 20min de táxi. Confesso que foi difícil sacar 250mil VND para pagar a entrada no spa mas o sacrifício foi aceito

Compramos um pacote mediano no spa que dava direito a muita coisa, mas não tudo. Primeiro um banho de lama numa banheira bem espremida para duas pessoas mas ok, a lama tava boa demais, quentinha, fedida, um cinza-marrom-musgo que parecia esgoto. Uma delícia mas só teríamos 30mins na fossa, quer dizer, na lama. Me veio a mente o movimento Manguebeat, ou os Caranguejos com Cérebro: "to enfiado na lama, é um barro sujo, onde os urubus tem asas, e eu não tenho asas". Pena que não consegui achar um duplo sentido nas letras do Chico Science... só a lama mesmo

Logo após o banho de lama um jato de águas minerais quente pra tentar limpar os dejetos previamente citados, limite também de 30mins. Depois fomos para outra banheira um pouco maior, agora com água limpa e quente, para passarmos o tempo que quisermos, mal sabíamos do oásis que nos esperava na próxima fase do spa

A água estava esfriando quando decidimos ir para outro estágio, e este seria o gran finale. Um conjunto imenso de piscinas quentes, piscinas frias, jacuzzi, hidro-massagem, cascatas d'água e cadeiras de sol de fazer inveja a qualquer resort de luxo. Tivemos um dia de rei e rainha cuidando do corpo, mente e alma. Revigorante em todos os sentidos

Agora pensem aqui com seu humilde locutor: um dia nublado seria desculpa pra qualquer um ter um péssimo dia na praia, mas não dessa vez! Tivemos 12 horas espetaculares de pura diversão no Thap Ba Hot Spring Center. Voltamos a tempo de tomar o ônibus para Hoi An e depois de outra noite nas estradas finalmente chegamos ao destino com sucesso absoluto

Nha Trang não foi uma parada planejada, tivemos um dia incrível por pura sorte? Destino? Coincidência? O que quer que seja está contribuindo muito positivamente para os bons ventos que nos move nessa viagem incrível

o.Ô'

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Bia Saigon

Ganhamos um dia extra na cidade de Ho Chi Minh porque decidimos tomar o ônibus da noite. Isso nos deu tempo de sobra para visitar o museu da guerra, comprar alguns itens necessários no mercado West Ben Thanh Center (só o necessário mesmo) e aproveitar a nossa última noite tomando um Bia Saigon observando o movimento agitadíssimo das ruas do backpacker's quarter

As cadeirinhas de plastico tomam conta de toda a calçada, o que resta aos pedestres é disputar espaço na rua com as motonetas, táxis, bicicletas, vendedores de livros/pulseiras/afins e cuspidores de fogo. Na certa uma grande aventura todas as noites

Sente o clima de despedida com da foto, quero voltar logo. Bia, seu nome aqui significa cerveja, interessante não?



o.Ô'

domingo, 6 de janeiro de 2013

Mekong Delta

Mais um dia em Ho Chi Minh e mais um tour que nos tomaria o dia inteiro, o Mekong Delta se trata de conhecer mais de perto as atividades e cultura do povo ribeirinho do rio Mekong a 3 horas de van da cidade de Ho Chi Minh

Aqui estamos mais uma vez citando o rio Mekong, bom eu não tenho culpa que ele está presente em quatro dos quatro países que eu visitei no sudeste asiático. O comprimento é de aproximadamente 1535km passando por Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã

Resumidamente o tour oferecia um contato com fábricas artesanais de doces e mel, um passeio pelo rio Mekong de barco, uma parada para um chá com música ao vivo local e só. Não me entendam mal, o passeio foi interessante mas as 6 horas dentro do ônibus para chegar até lá não foram satisfatoriamente recompensadas

O passeio de barco foi bom para boas fotos o povo ribeirinho sempre sorridentes e fotogênicos, fiquem com a minha favorita: a-anciã-do-pijama-rosa-indo-passear-de-barquinho



o.Ô'

sábado, 5 de janeiro de 2013

Túneis de Cu Chi

Túnel do Cu Chi é um sistema de túneis localizado a 2h30min da cidade de Ho Chi Minh, Vietnã. O sistema foi construído durante a Guerra do Vietnã, pelos comunistas vietnamitas. Muitos soldados e líderes comunistas viveram neste sistema de túneis durante a guerra. O exército dos Estados Unidos e Vietnã do Sul não foi capaz de destruir esse sistema. Hoje, é um destino popular para turistas e lá vamos nós!

Passamos o dia inteiro rodando no trânsito de Ho Chi Minh até chegar em Cu Chi. O que contribuiu bastante para a nossa alegria no trajeto foi o nosso guia turístico, An. O cara é uma figuraça! faz piada com tudo, inclusive seu próprio povo. Disse que o motivo de existir tantas motos nas ruas é que um cara sem moto é um cara sem namorada. E ainda quanto maior for a moto, maior é a namorada. Agora tudo faz sentido! Quase 90mi de habitantes e 90% usam motos para se locomoverem, os 10% restantes são pessoas devotadas a vida monástica e clausural, eu presumo

Voltando para os túneis, eles foram uma importante arma na guerra do Vietnã. O complexo subterrâneo protegia os vietnamitas comunistas e ainda de que quebra era uma armadilha letal para os mais desavisados. Não foi construído por nenhum engenheiro ou especialista. Os guerrilheiros simplesmente usaram a esperteza, o conhecimento da área e habilidades de caça a seu favor



Entramos num túnel relativamente grande (só que não) e quase tive um treco. Não sou claustrofóbico nem nada parecido mas o bagulho é tenso, pouco espaço para se movimentar, escuro, falta de ar, e lá embaixo não tem wi-fi! Digo e repito: quase tive um treco nos meus 2 minutos dentro de um dos túneis, não quero voltar tão cedo. Tava pensando em voltar para o Camboja pelos túneis mas não dessa vez... não que seja impossível, mas levaria alguns meses que eu não quero passar debaixo da terra

No fim do tour qualquer um pode comprar cartuchos de metralhadoras e atirar sem alvos num campo aberto. Não sei como mas os disparos não cessavam nem um instante... bem aventurados turistas fisgados pela chance de "guerrilhar". Passei longe, o barulho de tiros perturba a minha paz, minha tão preciosa e adorada paz

o.Ô'

Caodaísmo



Caodaísmo, uma nova religião nunca antes vista por seu humilde locutor. É a terceira maior no Vietnã, perdendo em números de fiéis para o Budismo e o Catolicismo. Fiquem com uma breve descrição fornecida pelo pai dos burros Wikipédia

Cao Dai ("Morada Alta" em língua vietnamita) ou Caodaísmo é uma religião sincrética relativamente nova. Monoteísta, oficialmente fundada na cidade de Tay Ninh, no sul do Vietnã, por Ngô Văn Chiêu, no ano de 1926. O nome completo da religião é Đạo Đại Tam Ky Tél Độ, o que significa "a terceira grande amnistia religiosa universal". A religião tem 7 ou 8 milhões de seguidores no Vietnã, e uma significante quantidade em locais de intensa imigração vietnamita Austrália, Nova Zelândia e Oceania

Wikipédia, a enciclopédia livre

o.Ô'

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Pra Saigooooon

Novidade na área, novo país, novos ares. Foi marmelada cruzar a fronteira a partir do Camboja. No hotel mesmo que eu estava hospedado em Phnom Penh solicitei meu visto de 30 dias no Vietnã. E ali também pude comprar a passagem do ônibus VIP pra Saigooooon (grande Emílio Santiago!). Praticidade a níveis exorbitantes

A Cidade de Ho Chi Minh, designada Saigon até 1975, é a maior cidade do Vietnã. O tráfego é uma loucura, mesmo com toda a minha experiência pilotando moto em SP, eu nunca vi tamanha bagunça de motonetas no trânsito, um show aparte. Os atrevidos pilotam suas motos falando ao celular, vendo status no Facebook, carregando criança de colo, carregando galinhas, plantando bananeira e fazendo malabarismo com serras elétricas. Tudo bem, os dois últimos exemplos não são verdade (ainda) mas não deve ser dificuldade nenhuma pra eles

Nos hospedamos no 96 guesthouse e o lugar é bem bom por 8 doletas ou 160.000 DON (lá vamos nós aprender a converter uma nova moeda). A localização é ótima, fica no quarteirão dos backpackers, lugar massivamente movimentado. Sair para jantar se torna uma aventura na rua ao ter que disputar espaço com as motos passando a milhão, mas a recompensa é que a culinária vietnamita é uma das melhores do mundo e é só pedir uma Bia Saigon Lager (cerveja) para acompanhar a refeição, assistindo a movimentação intensa nas ruas, noite garantida

Podem aguardar alguns city tours, floating markets, acidentes de trânsito (atravessar a rua é uma aventura a parte), Vietnã e mais Vietnã!!! To curtindo esse lugar

o.Ô'

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Ferida Cambojana

Genocídio cambojano é como ficou conhecido o processo de assassinato em massa promovido na Camboja pelo regime comunista do Khmer Vermelho, liderado por Pol Pot, entre 1975 e 1979. Estima-se que, em quatro anos, foram executados cerca de 2 milhões de pessoas — cerca de 25% da população da época — alguns sendo membros do governo anterior (de Lon Nol), servidores públicos, militares, policiais, professores, vietnamitas, líderes cristãos e muçulmanos, pessoas da classe média e com boa formação escolar - Wikipedia

Killing fields, Phnom Penh, Camboja. O monumento Choeung EK e o Museu do genocídio S-21 (antiga prisão) relembra todos os fatos, sem censura, da tragédia que foi o genocídio cambojano e passamos o dia mergulhando a fundo nessa história

Foi um dia pesado, carregado, melancólico, eu fiquei chocado com o genocídio ocorrido nessas terras Cambojanas, não fazia ideia do tamanho sofrimento que essa população já passou. Todos os locais com mais de trinta e tantos anos tem fincado em suas memórias o sentimento da mais brutal forma de dor

Fazem questão de não esconder nada para expor o máximo possível da dor sofrida pelo povo para que isso nunca venha a acontecer novamente, no Camboja ou em qualquer lugar do universo onde essa mensagem possa chegar

Todo respeito às vítimas fatais e morais do genocídio cambojano. Mais informações em http://pt.wikipedia.org/wiki/Khmer_Vermelho

Parte das ossadas expostas dentro do monumento Choeung EK em Phnom Penh

Monumento Choeung EK em Phnom Penh erguido em memória aos mortos pelo regime Khmer Vermelho

Uma das salas da prisão S-21 em Phnom Penh onde os detentos eram torturados e obrigados a confessar crimes que não cometeram

O Convite Gigante



Depois de estar no oásis que é Sihanoukville, movemos para a capital do Camboja, Phnom Penh. Cidade surpreendentemente grande com toda agitação e badalação e digna do título de maior cidade do Camboja

Chegamos na cidade de tarde e não conseguimos aproveitar bem a luz do sol, mas a "golden hour" me reservou belos cenários na exploração dos arredores do OK Guest House, onde nos hospedamos. Bonita área cidade

A roda gigante chamou a atenção e nos convidou gentilmente a passar a noite no parque de diversões, aceitamos o convite prontamente e fomos. Oito dólares a entrada e muita diversão garantida. Barco Viking, Chapéu Maluco, Roda Gigante, Carrossel, Carrinho de Bate-Bate, yupieee!

O parque fecha as 10pm e a fome bateu. Nos deparamos com um delicioso jantar num lugar escondido que encontramos perto do hotel. E mais uma vez, ela foi a maior atração de todas, para a nooooooooossa alegria!!!

o.Ô'

Otres Fun


Otres beach, Sihanoukville, Camboja. FUN! Sem mais

o.Ô'

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Festa em Alto Mar

Reservamos um dia para curtir uma festa em alto mar. Super! O passeio tinho tudo para ser excepcional, só que não

O plano era embarcar as 9am no "Party Boat", parar no meio do caminho para os loucos saltarem do barcos, estacionar numa ilha, curtir uma bela praia, almoçar no barco, voltar para alto mar, pular do barco, curtir uma baladinha e voltar as 5pm. Plano infalível mas eu não imaginada que as pessoas e o mau tempo poderiam arruinar tudo

Logo no cais eu estranhei a população que embarcaria no party boat. Composta de famílias, senhores e senhoras, muitas crianças, poucos jovens afim de muita curtição e azaração... mas peraí, onde fica o party boat nessa história? FUCK!

Depois de uma hora em alto mar, minha parça estava passando mal de tanto que o barco balançava. O que aconteceu foi que as ondas estavam muito fortes e o barco não conseguiria desembarcar na ilha, e a correnteza impossibilitava um mergulho no mar, FUCK!

Finalmente voltamos antes do previsto porque tinha gente reclamando demais. No desembarque retornaram metade do dinheiro investido no passeio. O que eu posso dizer que valeu foi essa foto, e só



o.Ô'

Virada em Sihanoukville

Sihanoukville, Camboja. Lugar perfeito para passar o ano novo em grande estilo praiano. Chegamos dia 29/dez vindo de Siem Reap e foi tarefa difícil encontrar um cafofo perto da praia. O lugar tá bombando para a virada do ano, cheio de turistas nacionais e internacionais. Conseguimos um quarto grande por 20 dólares e negócio fechado, ótimas instalações e localização privilegiada, a 5 metros da praia

Posso dizer facilmente que a praia de Otres se posicionou rapidamente em primeiro lugar no ranking das melhores praias do (meu) universo. Praia tranquila e pacífica, as ondas só aparecem mesmo para fazer o som de mar, a água é morna é limpa, os restaurantes espalhados pela orla da praia são todos aconchegantes com cadeiras de praia e guarda-sóis disponíveis todo o tempo, e tudo isso ao meu alcance

Sihanoukville tem uma variedade grande de praias, a mais badalada delas é a Serenedipity mas logo ao saber que é a mais badalada decidimos que não ficaríamos ali. A praia de Otres fica a 20min de tuk-tuk do centro e eu recomendo muito para aqueles que estão viajando com companhia, seja uma pessoa ou um grupo de amigos. Sozinho não seria muito legal a não ser que você queira uns dias de introspecção

Passamos a virada de ano no lugar onde reunia o maior número de pessoas na praia de Otres, Moorea, um lugar bacana com DJ, pista de dança e queima de fogos. Copacabana que nada mermão, aqui é Otres beach, Sihanoukville, Camboja!

Logo apos a contagem, estranhamente não senti aquela vontade de abraçar todos e todas ao meu redor para desejar um feliz ano, não sei dizer exatamente o que eu sentia em relação ao ano novo longe da minha família e dos melhores amigos mas reservei uns instantes para lembrar de cada pessoa que é importante na minha vida com uma oração bem profunda e silenciosa

A virada do ano 2012/2013 foi mais que especial pra mim por causa de uma pessoa e vou citá-la aqui no blog pela enésima vez, sim é ela, Leanne. Fogos de artifício explodiam, pessoas bebiam champanhe alegres e saltitantes, a virada acontecia porém no meu mundo eramos só nós dois e nada mais importava. A câmera fotográfica ficou guardada no hotel, foi um beijo que registrou momento para a eternidade

Bom, essa foi a minha virada, gostaria muito de saber como foi a sua! Coisas incríveis podem acontecer e acontecem na virada de ano, vamos compartilhar esse sentimento de prosperidade! Feliz 2013!

o.Ô'