sábado, 29 de dezembro de 2012

Templos Angkor

Siem Reap em Camboja é uma cidade movida pelas ruínas angkorianas. Tem muito turista por aqui com o único objetivo de conhecer o maior número de templos possíveis, e foi exatamente o que eu fiz nos meus 3 dias em Siem Reap. No primeiro dia tentamos visitar os templos de bicicleta mas foi pura inocência, eles ficam a 10-15km da cidade e nesse dia só conseguimos ver o Angkor Wat, o maiorzão

No dia seguinte fomos de tuk-tuk com um motorista super-simpático que nos levou para +/- 8 templos. No fim eu só via pedras amontoadas, fiquei feliz em terminar o passeio e voltar ao nosso conforto do Jasmine Garden Hotel, hotel excelente, eu recomendo

O terceiro dia foi para fechar com chave de ouro, vimos o nascer do sol a partir do Angkor Wat, maravilha Alberto! Agora apertem o play e fiquem com as IBÁÁÁÁGENS!!







o.Ô'

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A Ilha de Lost

Don Det é o paraíso para mochileiros com pouco cascalho no bolso como yo, o gasto médio diário é de R$15 (sem miséria de comida e incluindo as brejas também). Sério

O bangalô (palafita) que eu dividi com a minha parça me custou R$4 a diária, tudo muito simples, um quarto com 3 metros quadrados, uma cama, uma lâmpada, uma tomada, uma tela de proteção anti-mosquitos, uma janela e uma porta. As outras facilidades disponíveis estavam do lado de fora. O lugar onde eu passei a maior parte do tempo foi na varanda do bangalô com uma vista incrível do rio Mekong que foi a maior atração de todas, acordei todos os dias cedo para apreciar sem moderação o sol nascer

A família do proprietário dos bangalôs (Phao) nos recebeu muito bem, nos ajudando com tudo e praticando o pouco inglês que sabem. Phao nos apresentou seus 3 meninos: Lion, Elephant e Tiger. A menina não tinha nome de animal e por isso eu não vou lembrar agora. As crianças são uma graça!

Na ilha reencontramos Janis, o alemão doidão de Luang Prabang e fizemos uma nova amizade, Nithun, um indiano mega gente fina e super descontraídasso. As atividade na ilha se resumem a relaxar e gozar. Outras opções são os tours que são oferecidos nas outras ilhas nos arredores. Fiz os dois: tubbing e kayaking. O tubbing não foi novidade, fiz isso em Vang Vieng e repeti a dose pelo grupo e pra relaxar os músculos

O dia de kayaking foi bem interessante, saímos as 8am com previsão de chegada as 6pm, um dia cheio de aventuras e peripécias. Alguns trechos de kayak foram bem intensos, exigindo algumas das habilidades que eu não tenho, o que foi hilário

Na primeira parada do kayaking vimos a maior cachoeira da Ásia em volume, um espetáculo natural. Depois mais remadas até o ponto de observação de golfinhos, mas nada demais nisso, vi alguns golfinhos e a minha vida não mudou nada. Mais e mais remadas (meu braço já estava dolorido) e chagamos do outro lado do rio pisando em terras Cambojanas, para o almoço. Já pude ter um gosto do Camboja tomando a cerveja Angkor, a mais popular. Comida muito simples, arroz com coisas, e um pequeno deito no ponto de observação dos golfinhos pra geral pirar

Rema, rema, remador... rema, dor, rema, dor... tomamos o caminho de volta até o ponto de partida e foi o auge do meu cansaço. Ok, não queria chegar a esse ponto mas vou desabafar: dividi o kayak com a Lea (ficava só pincelando a água com o remo) e como eu não queria ficar pra trás coloquei força extra nas remadas. Depois de horas usando "força extra" eu sentia cada pulsada nas veias dos braços e ombros e no fim do percurso não conseguia nem acenar um tchau. O passeio acabou legal com o pôr-do-sol na nossa cara e eu pude ouvir o sol me dizendo "Daniel, faça como eu, ponha-se aqui e vá iluminar o outro lado do mundo"

A noite íamos para os mesmos lugares onde todas as 59 pessoas (número aproximado) da ilha iam: Reggae Bar, Happy Bar ou Sunset Bar, todos muito relax com músicas relaxantes, drinks relaxantes, comidas relaxantes e tudo mais que pode ser relaxante. A noite de Natal no Reggae Bar teve a participação especial de um saxofonista mandando um som natalino fenomenal, o cara é fera e tocou o coração de todos com o espírito natalino

Lugares isolados têm seus prós e contras, relaxei tanto que um dia após o kayaking e um dia antes de partir peguei uma inflamação na garganta que me capotou na cama por um dia inteiro. Mas não se assustem, eu tive uma pessoa pra cuidar de mim, Leanne é o nome desse anjo. Ela me deu muita força, serei eternamente grato, no outro dia já acordei bem

Bom, resumi bem a minha estadia em Don Det, não detalhei muito as atividades diárias pois estava difícil ligar o notebook para qualquer coisa, algo nessa ilha impede o funcionamento perfeito de aparelhos eletrônicos, exceto a minha querida e adorada câmera fotográfica. Pena que eu não encontrei nenhum urso polar... #chatiado

o.Ô'

sábado, 22 de dezembro de 2012

Do Norte ao Sul de Laos

O número impressiona: 4 mil ilhas banhadas pelo grandioso rio Mekong. Todas essas ilhas são habitadas, seja por búfalos aquáticos, grilos, sapos, formigas ou até mesmo pessoas. A escolha da vez foi a ilha Don Det no extremo sul de Laos, perto da fronteira com Cambodja

Saímos cedo de Vang Vieng pois tínhamos um longo caminho pela frente. Eu, Lea e Max chegamos em Vientiane (a capital) ao entardecer. Hora de nos despedirmos do guerreiro Max, mochileiro de respeito que estava voltando pra sua casa na Califórnia depois de alcançar a incrível marca de 26 países visitados em 184 dias de viagem

Passei poucas e desprezíveis horas em Vientiane, muita turbulência no terminal de ônibus e o sentimento pacífico que eu vinha sentindo em Laos foi passear, me deixando alerta para qualquer mosca que tentasse lamber o meu suor (éca-ti). Antes mesmo de sentir a atmosfera de Vientiane decidimos pular o destinos, é só mais uma cidade como qualquer outra

Aguardamos no terminal de ônibus só por algumas duas horas e tantas, logo embarcaríamos no sleeper-bus, um ônibus com camas ao invés de poltronas. O paraíso dos ônibus! O único detalhe que pode vir a incomodar um ou outro é que as camas são para duas pessoas e caso você esteja sozinho você vai dormir com uma pessoa totalmente aleatória, boa sorte! Lea e eu fomos bem confortáveis mesmo a cama tendo 2/3 do meu comprimento

A noite inteira se passou do sleeper-bus e chegamos noutro terminal onde trocamos de ônibus.. um pau-de-arara dessa vez. Algumas três horas até o pier em Pakse e de lá um barco até chegar em Don Det. Chegamos as 9am no destino, uma marca impressionante de 24 horas cruzando as maravilhosas estradas de Laos. Ai meu ciático!

o.Ô'

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Vang Vieng Tubbing



Foto tirada em Vang Vieng em Laos descendo as corredeiras do rio a bordo de uma bóia. Seria perfeito se não fosse pela água fria, mas foi ótimo! Atividade relaxante depois de uma noite cansativa

Realmente não tem mais nada a fazer nessa cidade, um dia e uma noite são mais que suficientes. Próxima parada: 4000 ilhas lol

o.Ô'

Onibus Noturno

Dia exaustivo nas cachoeiras de Luang Prabang, perfeito capotar mais tarde no ônibus VIP em direção a Vang Vieng, Laos. Eu, Leanne e Max estávamos preocupados com a acomodação em Vang Vieng porque teoricamente chegaríamos na cidade as 3am... teoricamente

Ônibus VIP: poltrona dura com o mínimo espaço para as minhas pernas, um docinho e uma garrafa d'água. Eu imploro, alguém por favor explica o significado de VIP pra esse povo bonito!? Mas tudo nos conformes, o ônibus tinha como destino final a capital Vientiane mas desceríamos no meio do caminho, total de 7 horas de viagem

Partimos as 8pm e eu consegui dormir bem rápido, sem surpresas, mas fui acordado na primeira parada no meio do nada. Ao descer e olhar pra cima aquele céu metade cheio de estrelas e outra metade com nuvens esparsas. Encarando a maravilha do céu meio estrelado, uma estrela cadente me tirou um sorriso meio bobo e vou confessar a vocês o meu pedido: "Amém"

Depois da parada programada é hora de seguir caminho na curvas da estradinha entre as montanhas, creio que no trajeto inteiro o ônibus não passa de 60km/h e balança que é uma beleza

Exatamente as 1am uma parada brusca e a curiosidade toma conta dos passageiros acordados. O motorista encostou e desligou o motor, todos se perguntavam "outra parada?", do lado de fora um breu total, a não ser pelo céu dessa vez completamente preenchido de estrelas. O motorista não falava um "hi" em inglês e a dúvida continuava. Do lado de fora dava pra se ver uma fila de veículo encostados na pista e a curiosidade implorando para ir embora, mas ninguém tinha resposta alguma, o que nos restava era esperar

A espera durou a madrugada inteira entre suposições e deduções, concluímos que um acidente devia estar bloqueando a pista. Amanheceu e Max com toda sua bravura, coragem e gentileza foi andando até o ponto que estava tudo travado. Chegou com a notícia que deveríamos nos mover dali em diante com nossos próprios pés pois um caminhão comprido com uma carga das pesadas travou numa das curvas fechadas na beira de um pequeno penhasco, uma cagada das grandes, maior que as cagadas dos elefantes

Estávamos prestes a pegar nossas malas no ônibus e um mega-guindaste passou por nós. Primeiro pensei "bom, acho que em algumas horas tá tudo liberado" mas foi um ver o ocorrido com meus próprios olhos que eu mudei o pensamento para "nem f*dendo que vão liberar a pista essa semana!"

O guindaste não era grande o suficiente e deveria ir pelo outro lado para poder tentar alguma coisa. Das três uma: chamar um helicóptero forte o suficiente para levantar a carga; empurrar a carga ladeira abaixo; ou construir um puxadinho conectando os dois pontos. A última solução seria a mais bacana de todas, o caminhão ficaria ali para sempre como um monumento em homenagem a precariedade das estradas de Laos e uma lápide dizendo "Aqui jaz muita paciência"

Passamos a pé pelo ponto travado com nossas malas, pagamos e tomamos um novo velho ônibus do outro lado do ocorrido para continuar o caminho e depois de duas horas estávamos em Vang Vieng com doze horas de atraso. Eu, Leanne e Max estávamos exaustos porém felizes e animados, nós ainda tínhamos um ao outro e à outra e é isso o que importa

o.Ô'

Kuang Si Falls

Minha despedida de Luang Prabang não podia deixar de ser fantástica, e foi mais que fantástica

No começo do dia montamos um grupo bacana de sete pessoas, todos com a mesma vibe, a mesma animação e principalmente a mesma intenção de conhecer as cachoeiras de Luang Prabang. Gosto de detalhar a composição dos grupos formados: Eu, Leanne, Max (o americano que conheci nas terras remotas de Koh Phi Phi ha um tempo atras), Kyle outro americano, Johnny de Wales (primeira vez que ouço falar desse lugar), Yudith a holandesa e Janis um alemão de Frankfurt todo animadão

Nos encontramos na sala comum do hostel Khamanny as 11am e fomos todos em busca do melhor transporte pra nos levar para as cachoeiras. As opções eram van ou tuk-tuk. Como estávamos num grupo relativamente grande, negociamos uma van pelo preço de um tuk-tuk e foi massa! O motorista era gente boa e no gatilho do som rolou uma playlist top da balada

A primeira parada foi a cachoeira menorzinha que para chegar nela, a travessia do rio se faz necessária e lá se vão mais um pouco de nossos kips. Águas azuis e congelantes, cascatinha aqui e acolá, até então nada impressionante a não ser pela diversidade de coisas a se fazer, desde passeio de elefante na piscina natural até um pouco de arvorismo e zip lining. Não gastamos muito tempo, foi foto-foto, tchibum-tchibum e bye-bye

Finalmente estávamos na direção da cachoeira das cachoeiras, o fino da natureza, um espetáculo das águas, a Kuang Si Falls! Minhas expectativas eram enormes de tanto ouvir falar maravilhas deste lugar e... sucesso! As expectativas eram grandes e foram todas atingidas com êxito. A cachoeira é fantástica, um deleite para amantes de belas paisagens como eu. Além disso é muito divertida com trilhas, cordas para se pendurar, pedras para pular e águas congelantes para nadar (atividade menos favorita devido ao termo "congelante"). Dia bom! Bastante lucrativo em termos de amizades e fotografias, sente o drama



Voltamos para hostel as 5pm pois eu, Leanne e Max iríamos tomar o ônibus noturno com direção a Vang Vieng, teoricamente um ônibus noturno seria o suficiente para recuperar as energias, só que não...

o.Ô'

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Relax em Luang Prabang



Ah, a tranquilidade. A foto explica exatamente o que eu estou sentindo nos últimos dias. Realizado, tranquilo, relaxado, feliz. Estou devendo essa pra Luang Prabang em Laos, a cidade é tão minúscula e pacata que me transferiu esse clima zen

Estou hospedado numa guest house e gosto das pessoas daqui. A wi-fi é bem ruim e graças a isso tenho mais tempo para estar aqui de fato, trocando idéias com os locais e viajantes, observando as lagartixas caçarem insetos voadores e até admirar a infinidade de estrelas que esse céu apresenta

o.Ô'

Os Peixes



Sim, são só peixes

o.Ô'

Slow Boat



Seis horas navegando pelo rio Mekong, uma parada em Pakbien para repousar, mais oito horas infurnado no barco e trajeto concluído! O que eu ganho com isso? Uma das coisas mais valiosas que não se compra e nem se vende: E X P E R I Ê N C I A

o.Ô'

Mekong Laranja



Durante todo o trajeto do slow boat pelo rio Mekong em Laos, nota-se a atividade intensa dos ribeirinhos pescadores sobrevivendo da riqueza que o rio lhes oferece

Crianças brincando na margem do rio são frequentes também, o que foi uma pena eu não poder fotografar porque eu estava no aperto do barco. Mas com alguns malabarismos consegui algumas fotos como por exemplo essa maravilha de céu laranja

o.Ô'

domingo, 16 de dezembro de 2012

A Cruzada

O rio Mekong foi a minha rota de Houay Xay até Luang Prabang em Laos. Transporte rápido, só que não, foram dois dias inteiros percorrendo as curvas do Mekong a bordo de um "slow boat" bem slow mesmo, uma viagem brutal de tão desconfortável

Deixo claro que foi uma experiência valiosíssima passar horas cruzando o rio mas não foi nada fácil. O barco foi totalmente preenchido (+/- 100 pessoas), o que apertou um pouca a situação, não deixando muito espaço livre para minhas manobras de extrema periculosidade, tipo esticar as pernas ou fotografar a paisagem

Nenhuma surpresa até agora, o que eu já esperava acontecer nessa jornada é que depois de algumas horas de tédio as pessoas são forçadas a fazer algo acontecer, o que de algum jeito as aproxima. Embarquei sozinho com meu livro "O Alquimista" e o iPod da Tata e no fim desembarquei com histórias incríveis de alguns dos aventureiros passageiros a bordo. Vou sumarizar algumas delas:
  • Sophie, uma jovem francesa de 75 anos está passando uma breve temporada em Laos simplesmente porque o clima é gostoso
  • Steven, um australiano que adotou a simplicidade ao fazer as malas. Nada de calçados, toalhas, muitas cuecas e camisas, só carrega uma pequena mochila e na medida que precisa de algumas coisa (acho difícil) ele compra, "cartão de crédito não pesa", ele disse
  • Um casal de canadenses baladeiros, cheios de tatuagens, não paravam de fumar e beber e escutar música alta. Gente boa mas muito barulhentos
  • John, um inglês que estava triste em sua rotina diária e decidiu fazer uma viajem em busca de sua felicidade
  • Tiffany, uma sábia australiana que nos ensinou a nos aproximar e criar relações com o povo local, dizendo que são pessoas como todos nós. Parece estúpido dizer isso mas as vezes não enxergamos aquilo que está bem na nossa frente
  • O instrutor do barco também entrou no papo dizendo toda sua vasta experiência sobre seu país, mesmo com seu inglês básico, e todos curtiram juntos o momento de inspiração
Fiquei feliz e renovado também ao contar a minha história, todos receberam com surpresa tudo aquilo o que eu já vivi e sou grato pelos atentos ouvintes. Cruzar o rio Mekong foi praticamente um retiro espiritual e eu também sou grato por isso, algo de especial essas águas carregam e eu pretendo espalhar isso por todos os cantos possíveis e inimagináveis

o.Ô'

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Gibbons Experience


Foram dois dias e uma noite distante do que chamamos de civilização no passeio Gibbons Experience, um tour oferecido na cidade de Houay Xay em Laos, na margem do rio Mekong fazendo fronteira com a Tailândia. A cidade em si não tem nenhum atrativo, é basicamente somente uma das portas de entrada no país e conexão para Luangprabang. Outro atrativo na cidade são os programas de preservação da fauna e flora de Laos, por exemplo Gibbons Experience

Gibbon é o nome vulgar dado aos primatas pertencentes à família Hylobatidae. Este grupo compõe a super-família Hominoidea juntamente com os hominídeos. O grupo habita as florestas tropicais a sub-tropicais da Indochina. O passeio tem o nome de Gibbons Experience porque esses macacos supostamente vivem nas proximidades... tá mais pra lenda do macaco perdido, não vi ninguém falar que viu um Gibbon ao vivo mas se alguém me perguntar eu vi um sim (o vídeo explicação n~ao me deixa mentir)

Sete da manhã recebemos as instruções básicas de segurança, deixamos nossas malas no escritório do Gibbon e partimos de carreta para o começo da trilha. Cinco pessoas faziam parte do grupo da vez: Eu, Leanne, Citzka e Wannace (casal holandês nos seus quarenta e poucos) e Michael (um tcheco viajante nos seus cinquenta e tantos). Pronto! Grupo formado, vamos trabalhar!

O começo da trilha com destino a nossa casa fica atras de um pequenino vilarejo onde os adultos e crianças todos nos acenavam com um lindo sorriso no rosto, um generoso shot de alegria para energizar a nossa manhã. Com os equipamentos de arvorismo apostos, a caminhada começou e logo teve uma pausa, nem deu tempo para esquentar, tínhamos que pegar nosso primeiro zip lining. Muita sagacidade dos caras, logo colocaram o zip nível baba-baby de cara para os dois instrutores observarem como nos sairíamos voando através dos cabos de aço (carinhosamente conhecido como zip)

Sucesso! Com todos do outro lado do rio inteiros continuamos a trilha, mas dessa vez com um pouco mais de dificuldade, subida o tempo todo. Logo nos primeiros passos já deu vontade de tirar a blusa, mesmo com o frio e a umidade da mata fechada, percebi que não seria nada fácil chegar no nosso destino, pernas-pra-que-te-quero. O legal era quando a trilha acabava e só se via o zip, ou seja, hora de deslizar pulando de montanha em montanha, um transporte rápido, indolor, relaxante e ao mesmo tempo muito radical

Sobe, desliza, sobe, desliza... até que de longe avistei uma simples casa-de-árvore e me perguntei silenciosamente se aquele era o nosso destino. A resposta veio ao pegar o zip e parar na porta daquela casa sem aviso prévio. Fomos avisados que a jornada da manhã havia se encerrado. Para chegar até a nossa casa na floresta foram 3 horas subindo montanhas de mata fechada e voando através dos longos cabos em alta velocidade, oito no total. Fizemos o trajeto em velocidade recorde disse o nosso instrutor



A casa era incrivelmente perfeita! No primeiro andar ficava a entrada/saída e o banheiro com chuveiro e pia funcionando com água encanada. Subindo as escadas uma área comum para termos as refeições, pia para a louça, e algumas camas espalhadas pelos cantos. O último andar abrigava mais algumas camas. Ali estávamos hospedados numa casa de árvore, um sonho antigo de criança, incrível! Almoçamos sanduíches trazidos pelos instrutores e logo fomos descansar da longa caminhada, nada como um deito na casa da árvore depois de encher a pança

Na tarde saímos para um passeio rápido para ver a "maior árvore de Laos", nada demais, o bacana é o trajeto: sobe, desliiiiiiiiizaaaaaaaa. Ao voltarmos a janta nos aguardava e estava deliciosa, não me importei nada em jantar as 5 da tarde. O pôr-do-sol foi outro show a parte, da casa de árvore podemos ver tudo nos mínimos detalhes, todo aquele sol indo parar de trás das montanhas, colorindo o céu todo de laranja. Algumas luzes iluminavam a noite mais nem tanto, então tentamos matar o tempo jogando um pouco de baralho e também jogando conversa fora. Pensei que horas haviam se passado e bateu aquelo sono em todos nós... ainda eram 9 da noite, o que tava bom, teríamos que acordam as 5 da matina para acompanhar a atividade matinal da floresta

O dia seguinte não teve muitas novidades, mas foi hora de descer as trilhas escorregadias, onde cada um de nós saiu com uma marca de terra em nossos traseiros, ninguém escapou ileso. Almoçamos no vilarejo junto com os locais e foi uma bela despedida, me simpatizei muito como povo laosiano

De volta em Houay Xay me hospedei novamente na Friendship Guesthouse e daqui escrevo, amanhã terei uma longa jornada pela frente... serão dois dias cruzando o rio Mekong em direção a Luangprabang, inté!


o.Ô'

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ate Logo Thai



A foto ilustra o quanto eu estou longe da Tailândia. De terras Laosianas, fotografei o sol se pondo em terras Tailandesas. Tailândia e Laos tem uma ótima relação diplomática e se entendem bem pelo visto: "eu te mostro o sol nascer aqui e você me mostra o sol se por aí"

o.Ô'

Sawadee Krap Laos


Antes de mais nada deixo registrado aqui o quanto foram incríveis os vinte e poucos dias que passei na Tailândia e com certeza não vou dizer tchau nem tampouco adeus, e sim um carinhoso até logo thai

Nova etapa da viajem! Cheguei em Laos com todo gás e ansioso para desbravar essas terras. Eu e Leanne partimos de Chiang Mai na Tailândia com destino a Chiang Rai, onde passamos uma noite tranquila e revigorante. Logo na manhã, depois de uma noite bem dormida, fomos para fronteira cuidar da diplomacia para entrar (legalmente) em Laos

Tudo muito sossegado na imigração, tomamos um ônibus até a margem do rio que divide as terras, tivemos nossos passaportes carimbados na saída da Tailândia, cruzamos o rio de canoa e do outro lado o controle de entrada/saída de Laos. Nada de dores de cabeça, foi só pagar os $30 e entregar foto para o visto, 20 minutinhos e estava tudo pronto, sem fila, sem segurança, sem estresse. Ganhei um visto de 30 dias bem bonitinho no passaporte e espero fazer um bom uso dele

Amanhã vamos nos aventurar na floresta num passeio no topo das árvores, se chama Gibbon Experience. Muito trekking e arvorismo, e ainda vamos dormir uma noite numa casa de árvore a 150 metros do chão... nada muito interessante


o.Ô'

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Doi Suthep





Wat Phra That Doi Suthep é um templo grandioso situado no pico de uma montanha a 14km de Chiang Mai, Tailândia  Templo bonito repleto de ouro porém inundado de turistas com suas câmeras fotográficas (inclusive eu) rodeando o lugar e quebrando todo o misticismo budista. Logo na entrada uma estátua de 5 metros do Buda e espalhados pelo templo, outras dezenas de estátuas douradas

Não havia percebido que estávamos nas alturas até o momento que eu pude ver aquele horizonte ao infinito e além. A vista da cidade de Chiang Mai é de tirar o fôlego. Fenomenal isso ae produção!

o.Ô'

Chiang Mai Sunday Walking Street


Obervação inicial: essas luzes me fascinam



Feirinha de artesanato bacana essa em Chiang Mai, Tailândia, muito bem organizada e com itens para todos os gostos. Comida e massagem também fazem parte do complexo

Pra falar a verdade fui infeliz ao chamar de feirinha essa bagaça e vou tentar me redimir... tá mais para um mega-complexo multicultural de artesanato, essa feira é enorme e eu mesmo não consegui ver tudo em 2 horas de caminhada. Tipo uma feirinha só que não

o.Ô'

domingo, 9 de dezembro de 2012

Woody Elephant Training

Nossa adorável amiga canadense Leanna nos trouxe à tona a oportunidade de passar dois dias e uma noite com os maiores animais terrestres da atualidade, os elefantes. Se preparem que neste post a palavra elefante e suas variações aparecerá 20 vezes

O itinerário para chegar ao camping dos elefantes foi acordar de manhã no hotel Green Tulip House em Chiang Mai e aguardar a van nos buscar. O motorista se apresentou simpaticamente como Woody, que por sinal é o motorista, o gerente, o treinador de elefantes, o guia, e no fim se tornou nosso amigo também!

A primeira tarefa foi a aula teórica com o Woody. Aprendemos os comando Mahui (treinador de elefantes), fomos apresentados aos onze elefantes que ele possuía, todas fêmeas e duas delas estavam de castigo por mau comportamento. Achei legal a forma que o Woody os trata, muito amor e eles não trabalham para lucrar rios de dinheiro, os elefantes trabalham para se sustentar

O treinamento Mahui consiste em usar um machadinho para dar os comandos básicos: frente, trás, esquerda, direita, levanta a pata para montar em cima do bicho, sobe a pata, parar, e abrir a boca para receber comida (adoram cachos inteiros de bananas). O primeiro contato com o elefante foi aprender a montar, na primeira tentativa foi um desastre mas depois peguei o jeito. Segura a orelha, grita "yokaah", coloca o pé direito na pata, grita "soun" (funciona como um elevador), um pequeno impulso e pronto! Você está montado num animal imenso a 3 metros do chão



Depois da aula prática hora do passeio! Montamos nos elefantes em duplas e fomos seguindo uma trilha mata afora, acreditem ou não, eu levei um elefante para passear! Incrível! No fim do passeio a recompensa para os elefantes por um bom comportamento é um docinho: cana-de-açucar que eles gentilmente dividiram comigo e depois um banho refrescante. Todos foram convidados a estar com os elefantes na piscina e eles simplesmente ligavam o chuveiro com suas trombas e toma esguichada na cara. O bebê elefante ficou rolando na água, fofura extrema fazendo todos se derreterem



Depois foi hora de nadar com os elefantes, isso significa nadar montado no elefante. Eles são ótimos nadadores, iam fundo e sumiam completamente na água, ficando só nossas cabeças pra fora d'água. Do nada o elefante mergulha como se fosse um legitimo ser aquático, o que foi bastante divertido entre os sustos e mergulhos no lago

A experiência com os elefantes foi realmente intensa, digo isso porque tivemos que limpar o cocô deles, dar comida, ir colher a comida, dar banho, uff! Por um breve momento pensei em comprar um elefantinho pra cuidar mas desisti logo. O bicho come até 150 kg de comida por dia, ou seja, não pára de comer e cagar (descobri por acaso que não é fácil manter um elefante como animal de estimação... vivendo e aprendendo)

Como eu disse, colher a comida também faz parte do pacote "turístico". No fim da tarde fomos na caçamba de um caminhãozinho velho para o milharal onde colhemos e recolhemos a verdura que os elefantes comem tanto, resultado: caminhão cheio! Todo o trabalho para no fim descobrir que aquela comida toda será somente para uma noite



Resumindo para os incrédulos: paguei 5k Baht para limpar cocô de elefante, colher a comida deles, dar banho, passear e alimentar-los na boca. Descobri qual o melhor negócio do mundo, só precisa de um investimento inicial de 1 milhão de Baht para comprar um elefante e daí é fácil, só precisa dar ordens aos turistas que queiram ter um contato com os adoráveis e imponentes elefantes

o.Ô'

Bem Vindo a Chiang Mai



Foto tirada na minha primeira manhã em Chiang Mai, norte da Tailândia. Foram 12 horas de ônibus saindo de Bangkok com destino a Chiang Mai. Vim com Leanna, Rob e Fritha, o grupo foi reduzido consideravelmente mas ainda me sinto bem confortável com essas pessoas maravilhosas ao meu redor

Chiang Mai tem um clima muito mais agradável que as outras cidades do sul, o sol é forte mas se for compensado com uma bebida gelada e uma sombra, é tranquilo passar bem até chegar a noite, quando é possível fazer toda e qualquer atividade sem precisar de um ventilador ou ar-condicionado

Maravilha de cidade! E as próximas atividades prometem, algo relacionado com elefantes

o.Ô'

Scooters



Penei para tirar essa foto mas saiu, para a nossa alegria! A motoneta que varia de 100cc a 150cc é de longe o transporte mais utilizado na Tailândia, números oficiais talvez possam confirmar isso com absoluta certeza, pelo menos eu tenho quase certeza

o.Ô'

Longa Vida ao Rei

Foto reproduzida do Bangkok Post 5/12/12



Veio a calhar que no dia do aniversário do rei da Tailândia eu estava justamente em Bangkok, o centro das festividades para tal grandioso evento. O rei Bhumibol Adulyadej, ou Rama IX, ascendeu ao trono tailandês em 1946 e completou no último dia 5 de Dezembro 85 anos de vida. Ele é reverenciado como um semi-deus pelo povo tailandês, não é nada difícil achar um altar em sua homenagem, o povo ama o rei

Uma tradição daqui é vestir amarelo no dia do aniversário do rei, a cidade ficou infestada de amarelinhos por todos os lados, coisa linda de se ver. Não participei muito profundamente, nem me preparei para a festa, até porque eu nem sabia de nada que estava acontecendo e também ninguém me convidou para a festa de pique-pique, bolo e guaraná, muito doce pra você-ê

Longa vida ao Rama IX!


o.Ô'

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Khaosan Road



Khaosan Road é a rua mais popular de Bangkok, bastante agitada e cheia de comerciantes de todos os tipos: alfaiates que prometem réplicas de ternos de grife sob medida; documentos falsificados (escancaradamente mesmo, só não me deixaram tirar foto); pad thai (refeição tradicional tailandesa da boa) por R$1; massagem por R$8; e por aí vai...

A noite também é bem agitada aos arredores, ou seja, se você deseja estar no olho do furacão que é Bangkok, hospede-se na Khaosan Road e aproveite!

o.Ô'

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Lumpinee Boxing Stadium

Pow pow pow baaaaaaaamm! Ouuichssssshh yaaaaa! Sentiu o clima de thai boxing no ar? Tenho certeza que não, por isso vou usar palavras e fotos ao invés dessa onomatopeia esdrúxula



Lumpinee Boxing Stadium em Bangkok foi a arena de um thai boxing verdadeiro (nada de showzinho barato). R$66 foi o custo da entrada para a arquibancada do povão e o lugar era relativamente bom, mas confesso que foi um tanto desconfortável a arquibancada de madeira caindo aos pedaços, o mal cheiro, a nuvem de mosquitos e o calor mal dissipado por ventiladores chulos. Aí se percebe que aquilo não é exatamente um passeio feliz para turistas, e sim para os locais amantes do esporte e apostadores fanáticos

A torcida vai ao delírio a cada golpe encaixado pelos lutadores e posso comparar essa experiência com aquela que eu tive no Canadá ao assistir um jogo de hóquei no gelo ou até mesmo com a primeira vez que eu acompanhei um jogo do SPFC no estádio morumbi, a paixão dos torcedores é contagiante, coisa linda de se ver



Uns caras na arquibancada gritavam alguma coisa a cada intervalo e eu deduzi que era o início das apostas, pois eles passavam recolhendo o cascalho e no fim das lutas eles acertavam o montante devido a cada um dos apostadores, um sistema livre de qualquer falha, totalmente excelente!

Assistindo as lutas me deu uma vontade enorme de treinar thai boxing aqui na Tailândia, seria muito massa mas acho que vou passar, só de assistir as lutas minhas canelas doem

o.Ô'

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Buda Encravado




Místico o tour que fiz pela Cidade Histórica de Ayutthaya, a antiga capital da Tailândia que foi destruída pelo exército birmanês no século 17, restando apenas ruínas que hoje são patrimônio mundial da UNESCO

Essa estátua do Buda me despertou uma curiosidade enorme em volta do budismo e lendo sobre o assunto fiquei mais interessado ainda, uma bela religião de fato. A cabeça da estátua envolta por raízes tem tipo meio metro de altura e não é permitido fotografar num nível acima da face do Buda, isso é considerado um insulto. Todos abaixados e digam xis!


o.Ô'

A Sangha




Na foto podemos observar estátuas dos seguidores de Buda (a Sangha), não o próprio Buda como muitos confundem

Budismo é uma religião e filosofia não-teísta, abrangendo uma variedade de tradições, crenças e práticas, baseadas nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda ("O Iluminado"). Buda viveu e desenvolveu seus ensinamentos no nordeste do subcontinente indiano, entre os séculos VI e IV a. C.. As bases das tradições e práticas budistas são as Três Joias: O Buda (como seu mestre), o Dharma (ensinamentos baseados nas leis do universo) e a Sangha (a comunidade budista)

Ajuda: Wikipédia, a enciclopédia livre


o.Ô'

Cidade Histórica de Ayutthaya



A Cidade Histórica de Ayutthaya é um Patrimônio Mundial da UNESCO na província de Ayutthaya, na Tailândia. O que resta atualmente da antiga capital da Tailândia são as magníficas ruínas dos templos e palácios que remontam a 1350, ano em que a cidade foi fundada. Os restos do palácio real provam que o Grande Palácio de Bangkok está inspirado na arquitetura característica da cidade antiga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

o.Ô'

domingo, 2 de dezembro de 2012

Tuk-Tuk Maroto

Eu me divirto com tudo que acontece por aqui, por aí, por todo lugar, e dessa vez vou falar da minha parceria com Wahai, um motorista de tuk-tuk humilde que roda nos subúrbios de Bangkok

Não havia nada planejado para a tarde de sábado, então simplesmente fui a um restaurante do lado do hotel xumbrega que eu estava hospedado e fiz minha refeição da tarde ao melhor estilo tailandês de ser, Pad Thai com ovo e frango e um Chang para acompanhar, a Itaipava daqui. Paguei a fortuna que eu devia depois desse banquete (7 reais) e fiquei ali observando o movimento da rua

Meu sossego durou poucos instantes, é incrível como os olhos dos locais brilham ao ver um estranho dando sopa, eles tem que oferecer alguma coisa e estão em todos os cantos da cidade prontos e dispostos para insistir e persistir na venda, o que na maioria das vezes é um tanto perturbador, mas não dessa vez

Com um sorriso podre mas simpático, Wahai primeiro me perguntou de onde eu era e se espantou ao saber que sou brasileiro mas nada além do normal, fui dando bola para o jovem ancião castigado pelo tempo. Logo ele percebeu que eu estava de fato dando sopa e então me ofereceu um rolê de tuk-tuk por 20 Baht, o que eu não pude recusar pela pechincha, o trajeto sugerido incluía alguns templos bacanas nos arredores... eu não tinha nada a perder

Parei no primeiro templo, tirei fotos, observei bastante o funcionamento de tudo e quando voltei para o tuk-tuk começou a malandragem. Wahai disse que me levaria à um centro turístico para eu ver algo, mas só para ver mesmo sem a obrigação de comprar nada, porque nisso ele ganhava um cupom que valia gasolina. Negócio maroto: traga um turista a mim que te pago a gasolina. Genial!

No centro turístico eu fechei um tour para Ayutthaya e logo voltei. Foi aí quando eu percebi onde estava o lucro do garoto, ele ganhava me levando aos lugares marcados. Perguntei onde eram os lugares que pagavam gasolina pra ele ao levar algum peixinho estrangeiro. Lojas de roupas, artesanato, massagem, tudo conveniado e no fim do dia eu arrumei uns 4 cupons gasosa pro meu camarada, e só no migué total: ele ganha ao me levar, eu não preciso necessariamente comprar nada

Balanço do fim do rolê de tuk-tuk: aproveitei bem observando o movimento de uma das maiores cidades do sudeste asiático e meu brother semi-desdentado ganhou o dia com seus cupons, e eu também me diverti bastante inventando histórias do tipo: "ptz, esqueci o dinheiro em casa, volto amanhã" ou "o terno é muito bonito mas vocês não tem a cor-de-burro-quando-foge que eu tanto desejava"

o.Ô'

sábado, 1 de dezembro de 2012

Chave de Ouro



A noite inteira de azaração e curtição em Koh Phangan teve um final espetacular com o sol aparecendo não para estragar a festa, mas para avisar aos descuidados que a festa continuaria sob claridade e mais calor (especialmente aos foliões-sem-pudores). Para mim o sol foi surpreendente, não vi a noite passar tão rápida, uma surpresa extremamente agradável e ate fez eu me sentir revigorado, só que não, eu tava muito cansado de fato

Com o aparecimento do sol, a lua já não era a estrela da noite (nunca foi de fato, a lua é só um satélite natural). Aliás, não havia mais estrela da noite porque ver o sol significa que é dia, já não era mais noite... ah, o que eu to tentando dizer é que o sol é responsável oficial pelo fechamento com chave de ouro da Full Moon Party e assim se conclui a grande celebração da lua cheia. Mas a festa não acaba porque inventaram o pós-party, o pós-pós-party e a Half Moon Party e o ciclo continua, e eu continuo a minha jornada para o desconhecido

o.Ô'

Full Moon Party

Sucesso é a palavra que eu posso dizer sobre a experiência que eu tive na Full Moon Party em Haad Rin, Koh Phangan, Tailândia. O evento é gigante, a praia fica realmente lotada, muito parecido com as micaretas do Brasil, só que com alguns aditivos extras para turbinar a noite, digo a beleza natural do lugar e dos envolvidos e envolvidas

No início da noite decidi que ia mergulhar profundamente na festa (o que foi fantástico!), aproveitei 100% e isso inclui detalhes que prefiro não registrar nesse humilde e singelo texto que vos escrevo... somente por uma questão de compostura, mas brinquem com sua imaginação como bem entenderem ao ler essa lista de palavras: noite, chuva, nascer do sol, França, Finlândia, buckets, mushrooms, areia...

Bom, como todos sabem eu preciso tomar meu rumo e Bangkok me aguarda, já tenho algumas ideias em mente e prometo voltar logo às atividades normais da mochilada... mas o que nunca voltará ao normal é o modo como eu encaro uma boa festa: drencom na gúliver pra ficar bem bizumni horrorshow, Ó, meus irmãos (referência retirada do livro Laranja Mecânica de Anthony Burgess)

o.Ô'

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Migrando para Koh Phangan

Koh Phangan, local sagrado onde se passa a maior festa aberta da Tailândia, que sá de toda a Ásia. O evento é conhecido como Full-Moon Party e acontece na data exata do aparecimento da lua cheia, nesse mês de Novembro será no dia 28

A Full-Moon Party é aguardada ansiosamente por milhares de festeiros que certamente em sua passagem pela Tailândia, incluíram no roteiro a estadia em Koh Phangan para o dia 28 de Novembro, a expectativa é astronômica, do tamanho da lua cheia. Eu imagino que todos os mochileiros/festeiros/baderneiros/viajantes/turistas estarão reunidos na orla da praia de Koh Phangan com seus corpos pintados de tintas fluorescentes, buckets na mente, muita curtição e azaração no ar

Hashtag partiu de Krabi Town na manhã do dia 26 e com destino certo: Party Hostel em Koh Phangan. O triste foi que tive que dizer até logo para alguns parças da tribo: Kristofer, e os amigos finlandeses, eles tomaram rumos diferentes e não nos acompanharam na grandiosa Full-Moon Party. Porém, boa parte da tribo se manteve (Tom, Lea, Fritha, Rob, Max, David), mas nos hospedamos em diferentes localidades na ilha, todos próximos é claro... quase-família quase-unida

O transporte foi um massacre de tão longo, o barco balançava tanto que me deixou zuado da barriga mas foi só eu deitar no banco que passou o mal-estar, mas o sobe e desce do barco continuou e encarei como se fosse um balanço de ninar (uso a imaginação para tornar minha vida melhor) e nisso eu apaguei de sono

A mudança de hostel foi mais uma vez chocante, dessa vez do luxo ao lixo. Vai ser muito difícil achar algo igual o Pak-Up Hostel em Krabi simplesmente porque aquele lugar não tem defeito algum, está  100% preparado para proporcionar ao mochileiro a melhor estadia imaginável. Eu pensava que não fosse possível existir tal perfeição  mas já que existe, não será possível existir outra tal perfeição, por isso vou baixar novamente meu nível de exigência e parar de reclamar em 3, 2, 1, parei

Agora aos preparativos para a festa das festas! Preparar os músculos e o fígado, porque além de pular a noite toda, alguns buckets me aguardam e como dizem as más línguas: Fuck it! Get a bucket!


o.Ô'

domingo, 25 de novembro de 2012

Tribo na Selva




Virou rotina diária aqui na Tailândia viver um experiência incrível e totalmente inédita. Ontem foi dia de navegar nas águas de Krabi a bordo de uma canoa e munido de um remo. A cada remada o fôlego ia se esgotando, não pelo cansaço físico mas sim pela beleza natural que se mostrava nas curvas do rio. Um temporal só apimentou ainda mais a aventura, refrescando e intensificando o cenário selvagem



Sou feliz por ter vivido momentos incríveis com essas pessoas, já me antecipando para a despedida, deixo aqui meus sinceros agradecimentos e espero encontrá-los novamente algum dia... tenho certeza que novas aventuras nos aguardam mundo afora


o.Ô'

sábado, 24 de novembro de 2012

Four Islands




Tive uma noite muito bem dormida no hostel Pak-up na Krabi Town, o lugar é um absurdo de luxo comparando com outros hostels que eu já estive e pela bagatela de 200 Baht ou 13 reais a diária, é chocante

Na noite anterior a tribo decidiu em conjunto fazer um tour e optamos pelo tour Four Islands, posso dizer que é a versão marítima daqueles ônibus de turismo hop-on hop-off que se vê nas grandes cidades turísticas do mundo inteiro. Um barco te leva para as ilhas e praias turísticas com todo o suporte necessário, incluindo água, almoço e melancia de sobremesa, num roteiro espetacular

O tour incluía também uma parada para mergulho que eu delirei pulando de cima do barco diretamente na água cheia de peixinhos famintos, ainda bem que eu não sou lá muito apetitoso, eles preferem pão mesmo. Com um snorkel pude observar melhor o que se passava dentro d'água com corais e peixes enfeitando o cenário. Aprendi a mergulhar fundo sem estourar meus tímpanos e fiquei competindo com os parças quem chegava mais rápido no fundo (só uns 8 metros de profundidade)

O preço do passeio? 300 Baht, muita energia gasta e litros de suor... ao fim do dia eu estava exausto e depois de jantar não vi mais nada, foram 12 horas de sono intenso e pronto pra outra!


o.Ô'

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Tribo de Nômades

Estou seguindo um ritmo bom na trip, so far so good, e já estou escrevendo de outra localidade na Tailândia, Krabi Town. Viajar sem destino e sem amarras é muito mas muito louco mesmo, você meio que sabe pra onde ir, só que não, e vai decidindo ao longo da jornada enquanto tudo ao seu redor vai formando o rascunho de um roteiro de viagem, e nessa não estou sozinho

No hostel Blue Sea em Patong Beach conheci Tom. Eu fui para Phi Phi e coincidentemente pegamos o mesmo barco que ia para a ilha e nos hospedamos no mesmo quarto do hostel One Phi Phi (me pergunto se esse nome é porque só existe um hostel em toda ilha, mas acho que não). Aliás, esse hostel merece um parágrafo patrocinado

One Phi Phi, uma porcaria de hostel, os donos não falam um inglês razoável, foi um sacrifício dizer que eu já tinha uma reserva. Aquela espelunca tinha só um quarto com 18 camas (de-zoi-to ca-mas) e só 2 banheiros de 1 metro quadrado cada onde a água não escoava bem, ou seja, se duas pessoas tomarem um banho normal na sequência, o próximo estará pisando literalmente na merda. Eu acordava 5am para tomar um banho e ainda tive que fazer malabarismo para não deixar o sabonete cair no chão sujo num lugar impossível de abaixar, nem mesmo para lavar o pé. Sério, uma bosta

Dito isso, vou seguir minha história. Logo no primeiro dia no hostel One Phi Phi, saímos na noite de Phi Phi em 16 pessoas, os 3 amigos finlandeses gente boa, Tom, Fritha inglesa linda, Cristopher um Sueco gente boa, Helio um português original do Timor Leste gente boa, David um alemão gente boa, Rob um inglês engraçadíssimo, um americano chato, uma inglesa chata e outros aleatórios que eu num to lembrando agora

Os dias seguintes seguiram no mesmo ritmo, eu não fiquei sozinho nenhum momento, sempre fazíamos os tours juntos, saiamos para comer juntos, e as festas e praias também. Formamos uma boa tribo

Agora estou em Krabi Town e a tribo nômade continua de bom tamanho, firme e forte, alguns ficaram para traz, outros novos integrantes foram incorporados. Agora todos no mesmo hostel, o Pak-up, um abismo de diferença com a espelunca supra-citada, que mesmo com todos os defeitos foi um dos melhores momentos de todas as minhas viagens

o.Ô'

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Até logo Phi Phi



Depois de três dias em Koh Phi Phi já me encaixei bem ao estilo de vida daqui, sei onde estão os bons restaurantes, as boas baladas, os lugares divertidos e os lugares não divertidos, as praias mais badaladas e as mais tranquilas

Mergulhei tão fundo aqui que após o almoço fiquei sentado de frente ao hostel vendo as pessoas que passavam pela viela e incrivelmente eu lembrava das mesmas, cumprimentando e delatando os contos e casos das noites passadas. Eu realmente gostei desse lugar e já estou ansioso para voltar

o.Ô'

Pointview



Pointview de Koh Phi Phi, Tailândia. Definitivamente um dos melhores cenários que eu já presenciei. Não sei o que passou na minha cabeça, eu decidi subir o morro numa tarde chuvosa e nebulosa e ao chegar no topo encontro essa maravilha de espetáculo da natureza. Palmas e mais palmas, essa ilha é fantástica

o.Ô'

Thai Fight Night



Ringue do Reggae Bar na ilha de Phi Phi, onde oferecem a qualquer louco um baldinho pra tomar uns soquinhos. Também tem as lutas de exibição, uma com meninos de +/- 8 anos (exploração infantil com os tadinhos) e outra com bons atores simulando uma luta fantástica ao melhor estilo gigantes do ringue. It's time!

o.Ô'

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Bichanos Tailandeses



Em Koh Phi Phi, no rolê matinal, encontrei um grupo de gatinhos fofos e fui obrigado a fotografar tamanha cuticutisse. Tem gatos por todo lugar aqui em Koh Phi Phi e eu gosto disso, ao menos sei que na cadeia alimentar eles estão numa boa posição acima dos roedores, exceto o Mestre Splinter é claro

o.Ô'

Parti Koh Phi Phi



Essa foto eu tirei na manhã de hoje aqui na ilha de Phi Phi em Krabi, Tailândia, minha nova casa. Foram 6 horas de viagem de Phuket até aqui (van + ferry) e foi uma ótima escolha, só demorou tanto assim por causa da espera do barco zarpar! Muito bacana dar um rolê por aqui, becos e vielas estreitas levam às praias e a manhã foi extremamente produtiva no quesito fotografia, saí as 6am e só voltei as 9am porque o sol bateu forte. Bela paisagem produção!

o.Ô'

Frenética Bangla Road

Boa praia em Phuket, bom passeio na ilha do James Bond, só faltava uma coisa: vida noturna! Saímos eu, Tom, um inglês que conheci no hostel, Amy e Sarah, duas outras inglesas (tem muito disso por aqui). A cada passo na rua mais badalada de Patong Beach uma novidade exótica um tanto quanto difícil de assimilar, é muita informação numa tacada só

E de repente um cara me oferece um show de ping-pong e isso me despertou a curiosidade. Mais adiante soube o que é o tal show de ping-pong (atenção, tirem as crianças da sala): o show se trata de mulheres usando as partes íntimas para lançar bolas de ping-pong com o intuito de entreter o público (wtf!?). Surpreso? Eu também mas não tive vontade alguma de ver o tal "freak-show"

Para atrair a atenção (dinheiro) dos turistas vale tudo, é uma variedade grande de atrações na rua. Locais com suricates e lagartos dispostos a cobrar por uma fotinha marota, gente cuspindo fogo, dezenas de ladyboys se oferecendo para um programinha. Um bar premiava com um balde de energético com vodka aqueles que entrarem no ringue para uma luta de Muay Thai... aí eu disse "I can do that, hold my beer" só que não, eu poderia machucar alguém... lembrem-se crianças, segurança em primeiro lugar

Paramos num quiosque de australianos para tomar uma cerveja e tive a oportunidade de provar duas das cervejas mais populares da Tailândia: Chang e Singha. A Brahma e a Skol da Tailândia. Esse quiosque foi bem legal pra poder conversar um pouco sobre tudo. E ainda nos divertimos com umas brincadeiras de apostas com dados e um tabuleiro doido, mas nada muito agressivo, não quero esquecer nada do que acontece por aqui. Boa noite, noite boa

o.Ô'

domingo, 18 de novembro de 2012

Bom prato



O prato da foto é o tal frango-xadrez-só-que-não, custou 200 Baht

Ao contrário de alguns lugares como EUA e Europa, aqui a conversão da moeda local em Reais é um tanto prazerosa e gratificante. Hoje eu almocei um prato bacana de noodles fritos pela bagatela de 40 Baht, ou seja, R$2,60! Outro exemplo: um restaurante japonês oferece all-in, coma-tudo-que-conseguir por 350 Baht... esse preço é um luxo aqui mas convertido fica só R$23,30 (muitas vezes já paguei mais de R$50 pra comer um bocado de peixe cru). O custo-benefício desse lugar é puro benefício e sem muito custo

o.Ô'

sábado, 17 de novembro de 2012

Floodou



Na caminhada matinal eu me deparo com ruas alagadas, cheias de barro trazido das montanhas e aí eu lembrei que na noite anterior eu ouvi algo parecido com o dilúvio, não imaginava as consequências. Meu rolê ganhou um nível extra de dificuldade, quase caí na lama quando meu chileno ficou grudado naquela meleca... não caí mas mesmo assim me sujei todo e fui andando descalço mesmo (lembrem disso caso eu relate alguma doença contagiosa)

O mais incrível é que as pessoas que acordam tarde não veem praticamente nada dessa sujeira, os locais limpam boa parte antes mesmo do galo cantar

o.Ô'

Banzaan Market Place



Em Phuket me hospedei bem no centro dos acontecimentos. Todas as noites temos uma feirinha ao ar livre em frente ao Mercado Municipal de São Paulo, só que aqui ele se chama Banzaan Market. Barracas de comidas variadas desde churrasquinho de gato até coisas mais estranhas ainda (estranhas...). To criando coragem pra ir lá uma noite dessas e comer algum inseto pra ver qualé-que-é

Ah, esse indonésio bigodudo da foto é o Lauren, parça hospedado comigo. Pai de família com 3 filhos (7, 10, 12 anos) ele gosta de viajar sozinho esporadicamente  Um fornecedor de dicas preciosas se tratando de sudeste da Ásia. Gente boníssima!

o.Ô'

James Bond Island



O tour me custou 850 Baht mas a experiência foi impagável. Parti para a missão 007 as 10am, algumas horas de van, alguns minutos de barco, uma parada para almoço incluso, a chegada nessa formação de ilhas no mínimo interessante e depois um passeio de canoagem. Um belo passeio em  Phang Nga Bay!

Curiosidade que alguns devem estar se perguntando: Porque o nome de James Bond Island? Uma cena do filme The Man with the Golden Gun (1974) teve esse cenário e depois de ser exibido se tornou um lugar bastante visitado por turistas

o.Ô'

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Thai Muay Calor

Ontem ainda estive flutuando de tanto voar, mas hoje pisei firme nessa terra bonita

Os trabalhos começaram logo cedo ao nascer do sol pois eu havia dormido bastante no meu pós-cruzar-meio-globo-terrestre. Fui andando e fotografando pela orla da praia de Patong e pra ser sincero não vi nenhuma novidade, é uma praia como muitas outras que já vi. O que me atraiu muito a atenção foi a quantidade de pessoas fazendo seus exercícios matinais e também os monges caminhando pelas ruas indo sei lá pra onde, todos eles acenando com um sorriso estampado no rosto de curar qualquer tipo de mal-humor

Sobre o hotel Boomerang Inn, lugar excelente por um preço bom. 1.000 Baht (R$1 = 15 Baht) por uma noite na suite, porém não pude abusar e fiquei só uma noite mesmo, tchau. O check-out do hotel era as 11am então tomei um bom café-da-manhã no melhor estilo inglês (bacon, egg, toast) e fui procurar um lar para um pobre mochileiro desabrigado. Achei um lugar ideal perto e por 300 Baht, o Sea Blue Hostel

Exatos quinze minutos de caminhada no calor do meio dia e eu estava encharcado de suor, os termômetros marcavam 42 C. Deixo aqui a minha sugestão de um ar condicionado público que refrigere as ruas... digo isso por que é muito ruim pra saúde andar na rua com 42 C e entrar no quarto do hostel com 18 C, isso é uma falta de desabsurdo, calamidade pública!

Na hora do almoço achei um restaurante muito bom e estava pronto para comer uma comida típica tailandesa. A garçonete me recomendou um prato que me fez delirar de tão saboroso: arroz branco com uma espécie de frango-xadrez só que não. De barriga cheia fui explorar as redondezas e a cada dez passos dados pelas ruas algum local me oferecia alguma coisa (massagem, tours, taxi, tuk-tuk), fiquei craque em forjar um sorriso no rosto e dizer "No thanks". O rolê estava interessante e produtivo mas fui obrigado a me recolher à frieza do hostel por problemas térmicos, resfriar os motores é preciso, quero um radiador

o.Ô'

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Em solo Tailandês!

No calor da Tailândia eu cheguei são e salvo... na verdade mais pra sujão e acabado

A viagem foi muito tranquila, porém foi uma verdadeira maratona de fazer inveja aos 42km da Experian Robin Hood de 2010, onde toda minha resistência foi posta à prova. Acompanhem comigo as etapas da corrida onde o objetivo era simplesmente chegar e o troféu é satisfação de poder desbravar a terra do Sagat

12.11.2012-23:25(BRST) embarquei para Frankfurt
13.11.2012-14:00(CET) desembarquei em Frankfurt
13.11.2012-15:00(CET) entrei na máquina do tempo
14.11.2012-09:00(CET) sai da máquina do tempo
14.11.2012-12:00(CET) embarquei para Phuket
15.11.2012-06:00(ICT) desembarquei em Phuket

BRST = brasília summer time
CET = central european time = BRST + 3hrs
ICT = indochina time = BRST + 9hrs

Faltou explicar o que ser a tal máquina do tempo (minha mais nova e geniosa invenção). O nome é auto-explicativo, veja como usar: sente-se num lugar tranquilo, olhe para um lugar fixo e aguarde... garanto que você não terá lembranças das hora que se passaram, você não terá noção de tempo pois nada aconteceu, ou seja, a mensuração de tempo na nossa cabeça é feita por memórias e por falta de memórias. Mas cuidado para não usar demais esse truque, pode se tornar uma alienação das bravas

A parte chata da diplomacia + horas de voo já passaram, agora posso dizer minhas impressões da Tailândia a partir da minha chegada

Do aeroporto peguei um táxi até o hotel... oh wait, por mais incrível que pareça o sujeito da frase dita sou eu mas... táxi?? hotel?? whaat?? Calma, posso explicar, foi tudo muito barato de acordo com as minhas contas e por isso me dei o luxo dessas mordomias... por enquanto nada de transporte público e nem quarto dividido com mais 15 pessoas. Preciso me recompor antes de começar essa vida muquirana

Mais ou menos 40 quilômetros rodados para chegar no hotel e observando bastante o movimento das 7 da matina posso descrever minha primeira impressão de Phuket da seguinte forma: Litoral Norte de São Paulo infestado de vietnamitas montados em scooters escorrendo pelo trânsito como se fossem lactobacilos vivos. Mesmo assim achei tudo muito lindo e simpático, fui bem tratado e bem acomodado, ansioso para começar os trabalhos exploratórios mas só depois de comer e dormir... nhamm, que fome, o que será que eu vou comer hoje?

o.Ô'

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Vamos fugir

Finalmente estou pronto para estrear aqui em primeiríssima mão o Asiatrip! É até difícil acreditar que a espera finalmente acabou, depois de mais de 3 meses na geladeira não precisarei mais passar por aqueles momentos em que pessoas próximas se assustam com a minha presença com a seguinte indagação "ué, não foi viajar?". Devo confessar que nessas situações me sinto um pouco desconfortável, um mentiroso sem credibilidade nenhuma... praticamente um chimbador (kkk, google-it)

Além de anunciar quero também convocar! Preparem-se para viajar, partiremos em breve! Mas não se preocupem em fazer as malas, checar o climatempo e nem mesmo planejar o roteiro. Preparem sua imaginação e comecem a viajar comigo, e caso falte inspiração por favor busquem as sementes da improbabilidade infinita aqui no blog, elas viajam através de banda larga, internet discada ou 3G. Saibam da força de sua imaginação, ela não tem limites e é capaz de tudo... por favor, usem sem moderação

Aviso importante: essa não é a primeira e nem a última chamada para o embarque expresso, todos podem pegar o bonde andando, voando, boiando, ou não, e estejam cientes que estou com a ambição de coletar a maior quantidade de material e tornar legível a todos que estão acompanhando o blog por interesse, prazer ou uma simples leve e espontânea pressão

Agora, mentalmente pronto, falta zipar a mala. Levando na bagagem estão a minha fé, 10 mil litros de suor e o sonho de me tornar hokag... quer dizer, o desejo de voltar uma pessoa melhor, vivendo não só de luxo mas podendo coletar tudo de bom que essa viagem (vida) possa me proporcionar

o.Ô'

terça-feira, 2 de outubro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Anticorpos Mochileiros

Quando se trata de preparação adequada para viajar, seja pra Bahia ou pra Finlândia, a primeira coisa a se fazer é pesquisar o que aguarda do outro lado da ponte: neve, praia, radiação nuclear, guerras civis. Prever todo o pró e o contra que pode vir a ocorrer durante a jornada é a chave do bom planejamento e consequentemente uma viagem bem planejada se torna 200% prazerosa e sem sustos desagradáveis para tirar as poucas e preciosas horas de sono no desconhecido

Em meio as minhas pesquisas dos relatos de mochileiros ao sudeste asiático, a maioria dos viajantes diz para tomar cuidado com a água, a comida, e saúde em geral porque o perigo de pegar uma gastroenterite é altíssimo. Tem aqueles também que tomam todas as vacinas existentes no planeta, desde febre amarela,  tétano, hepatite A, B, C.. Z até a vacina contra aquele vírus espalhado pela Umbrella, pois é, há relatos de zumbis na Ásia!!

Dito isso, acho que estou ficando paranoico e levando minha preparação da Asiatrip a níveis extremos e nunca antes vistos! Inconscientemente fui induzido a uma dor de barriga infernal que já dura 5 dias e como tratamento optei por métodos que estarão acessíveis aqui e na China: gatorade, noodles, trono e papel higiênico. Um pouco de febre aparece de tempos em tempos e eu vou tomar banho de água fria. Tratamento totalmente excelente, de baixo custo, pouco eficiente porém, acessível em qualquer lugar que eu vá. Além dessas vantagens todas, um incentivo ao uso desse tratamento é o fato de que estou desempregado e sem nenhum mísero plano de saúde

A minha barriga dói, estou amarelo mas tudo por um propósito maior e é a minha fé que me move. Nota: escrevo isso diretamente do trono... Mr Hankey manda um abraço!

o.Ô'

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Futuro do pretérito (condicional)

Devido a fatos recentes, preciso postar essa história para abrir os olhos de pessoas que se dizem cristãs, educadoras, de boa índole e caráter, ou até simplesmente pessoas que dizem praticar o bem não importa a quem... ou não

Finzinho de Junho de 2012 em algum lugar na Espanha

Eu estava ainda maravilhado com a festa constante que é Madrid quando decidi que a próxima parada seria cruzando metade da Espanha na direção sul até chegar em Almería. Com isso em mente cheguei cedo na Estación Sur de Autobuses e comprei um ticket de ônibus para Almería e comecei a esperar... eu teria que matar algumas horas até dar o horário de embarque. Na espera do terminal pessoas vão e vem sem parar, eu escutando a playlist Los Hermanos no meu iPod, até que um cara me interrompeu: David Allen se apresentou e ele é o foco desse atrasado post pós-viagem

David era um cara de aparência marcante, sempre usando óculos escuros, muito bem vestido, pele morena e longos e estilosos cabelos tipo canecalon sabe. Estava carregando uma mala compacta porém bem ajeitada no estilo business men (homem de negócios). Antes da apresentação formal ele me pediu desesperadamente uma ajuda para voltar pra casa, estava f**ido porque haviam roubado a carteira dele com dinheiro e cartões e precisava da grana para voltar até Valência porque de lá ele pegaria o voo para Amsterdã onde disse que morava... histórinha tocante

Eu e David conversamos por um bom tempo e entramos num acordo legal (teoricamente): eu daria 50 euros pra ele conseguir voltar pra casa, eu pegaria o contato dele, eu incluiria a casa dele em Amsterdã no meu trajeto de viagem, que até seria um destino legal, e então ele me hospedaria lá e me devolveria os 50 euros. Todos "ias" eram de fato futuro do pretérito (condicional) que daria certo ou não, de acordo com o desenrolar dos acontecimentos

Antes de revelar o desfecho da trama aqui vai um relatório de investigação: o indivíduo não consegue olhar nos meus olhos (óculos escuros!?); ele me passou um número de celular fake, nem precisei testar a ligação pra saber (muitos números repetidos 003164676767); e-mail david26@yahoo.com que eu sabia que não existia porque tentei mandar email na hora; endereço Amsterdamweig, 164... ta de brincadeira né!? o nome da rua é igual da cidade pô. Conclusão: 99% de chance dele estar me enganando descaradamente

Agora surpreendam-se: eu dei 50 euros pra ele e ainda desejei que ele tivesse uma viagem segura de volta pra casa. Estou errado? Maluco? Eu sou trouxa? Se você leu até esta parte da história por favor eu quero discutir isso com você, mas antes disso eu posso apresentar meu ponto de vista

Diante de toda a situação eu realmente hesitei e pensei em seguir meu caminho mas imaginei o 1% de chance dele estar falando a verdade e estar realmente f**ido sem condições de voltar pra casa. Também pensei como ele pode mentir com tanta convicção assim? Cheguei a conclusão que dando o dinheiro eu ficaria de consciência limpa e do lado dele, se estivesse me enganado, a consciência dele o estaria castigando (se é que ele acaso tem consciência, sei lá). Me imaginei desmascarando ele também, o farsante seria pego haha! Mas sinceramente, o que isso me traria de valor? 50 euros? A raiva de um cara que tentou me enganar e não conseguiu? Ou até ir atras onde esse cara mora e f**er com a vida dele? Mas... isso só traria mais ódio ainda... Construir ou destruir? Esse foi o ápice do meu raciocínio e não cheirava bem rs então antes de fechar o acordo com o David, pedi que ele me olhasse nos olhos e apertasse minhas mãos, daí eu entreguei 50 lindos euros na mão dele

Encerrando, quero dizer que a atitude que eu tomei me fez crescer como pessoa e eu espero que a semente de bondade que eu plantei se espalhe nele e em todas as pessoas que esse texto atingir

o.Ô'

domingo, 22 de julho de 2012

Parada Nacional

Ando devagar porque já tive pressa... huahua isso explica minha falta de conteúdo para os posts porém ontem tive um dia cheio de aventuras na capital da Bélgica, a feiosa Bruxelas

Meus dois primeiro dias em Bruxelas foram tão tranquilos quanto se eu estivesse na minha própria casa: um pouco de internet, cozinhar um macarrãozim, assistir a trilogia Step Up com a minha colega de quarto Erika (somos praticamente um casal no quarto de duas camas mas ficamos só na amizade mesmo)

O interessante mesmo foi o meu ontem, saí cedo com um mapa na mão e preparado para passar o dia perambulando pela cidade mas mal podia imaginar as surpresas que eu teria. A caminhada começou bem com um kebab irresistível em direção ao jardim botânico da cidade situado entre grandes edifícios comerciais que espelhavam o céu azul com nuvens esparsas

Até então tudo normal mas na direção do parque de Bruxelas vi uma certa movimentação atípica, o que me atraiu no mesmo instante mas não sabia se era guerra, atentado terrorista ou show da Madonna. Chegando perto da muvuca eu perguntei aos locais o que estava acontecendo e uma moça simpática me explicou que era feriado nacional e estava prestes a começar um desfile das forças armadas da Bélgica ali naquela rua que eu tentei chegar mas fui impedido pela massa. Bom, como todos sabem eu tenho um certo dom para assistir espetáculos no meio de multidões (1,89m) e por ali mesmo eu fiquei

Visão certamente privilegiada. Primeiro foram os soldados marchando, daí uns caras nuns carrões blindados e uma pausa longa. Fiquei esperando mais um pouco eis que um barulho estrondoso corta o céu. Uma formação impecável de cinco caças voaram baixo e desenharam a bandeira da Bélgica sobre nossas cabeças, coisa linda de se ver. Os caças foram os abre alas para outros aviões de todos os tipos, pequenos, médios, jumbos, helicópteros, teco-tecos e após o espetáculo aéreo os imponentes tanques vieram para encerrar o desfile. Belo arsenal hein dona Bélgica!

Os pontos turísticos ainda me aguardavam e fui em meio à multidão ao encontro deles: Grand Place, Menneken Pis, crepes e chocolates que eu só senti o cheiro e depois um descanso ouvindo musicas locais num palco montado especialmente para o feriado de ruas lotadas de gente pra todo lado

Foi um dia cheio de atrações que se encerrou com uma queima de fogos no parque de Bruxelas, pena que essa hora a bateria da câmera estava esgotada e não pude registrar a festa nos céus mas fica aqui meu depoimento

Feliz dia nacional da Bélgica!

Mariners

Banshees

Grand Place

Manneken Pis - Mijão

o.Ô'

quarta-feira, 18 de julho de 2012

All we need is love

Atenção, esse post não se trata de uma experiência de viagem, e sim de uma experiência de vida

Acordei hoje com aquela preguiça que me atormenta nesse finzinho de viagem (tanque de combustível na reserva), clima bom 22°C e céu aberto mas eu realmente preciso de um tempo para refletir e escutar meu coração. No café da manhã não abri a boca enquanto todos ao meu redor falavam sobre suas experiências de viagem, e ao terminar pedi licença e fui ao jardim para ler mais alguns capítulos do livro que o sir Fabrício me deu na minha partida, um tempo para mim mesmo se fazia necessário. O livro Me leva Mundão de Maurício Kubrusly conta sobre as aventuras dele em diferentes situações curiosas pelo mundo, coisa que eu não faço ideia do que se trata rs

Eu lendo bem tranquilamente eis que algo incrível aconteceu. Um cara interrompeu minha leitura para perguntar se eu estava bem porque ele me observou no café da manhã e percebeu exatamente o que se passava e então começamos a conversar, o livro pode ficar pra depois. O fato é que depois de 50 dias viajando é impossível continuar num ritmo frenético com aquela energia para conhecer tudo e fazer milhões de amizades, um tempo de introspecção é vital para continuar e ele me entendeu perfeitamente e disse que estava passando por algo semelhante

Paul é um havaiano de 39 anos de idade e sabedoria admirável, pena que no momento ele estava de partida então do jardim da pensão a conversa se estendeu por algumas horas pois eu resolvi acompanhá-lo até a estação de metro onde tomamos um café expresso. Foi uma conversa intensa e profunda abrangendo sentimentos como auto realização, amor e escolhas da vida. Ele me contou que uma vida rotineira o deixava um grande vazio e foi aí que ele parou para escutar o que o coração dele dizia e por isso está em busca do incrível. Compartilhamos basicamente as mesmas idéias e eu achei incrível como ele soube desde o início o que se passava comigo: viajar por um longo período por dezenas de cidades é ótimo mas você começa a perceber que são só lugares, prédios, histórias... isso alimenta o conhecimento mas não alimenta a alma e minha alma sente fome

Como já diziam The Beatles "All we need is love" e isso é a pura verdade, você deve escutar seu coração e fazer tudo com muito amor não importa o quanto louco pareça. Faça suas escolhas, você é o único responsável pelo seu futuro, não deixe nada nem ninguém fazer escolhas por você e siga adiante de cabeça erguida sem medos ou arrependimentos

Infelizmente Paul estava de partida para um retiro de cinco dias para meditação e comigo fica a sabedoria desse nobre rapaz que com certeza foi absorvida e será passada adiante: espalhem o amor sem esperar nada em troca, mas é fato que "what goes around comes back around"

o.Ô'

sz