quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A Ilha de Lost

Don Det é o paraíso para mochileiros com pouco cascalho no bolso como yo, o gasto médio diário é de R$15 (sem miséria de comida e incluindo as brejas também). Sério

O bangalô (palafita) que eu dividi com a minha parça me custou R$4 a diária, tudo muito simples, um quarto com 3 metros quadrados, uma cama, uma lâmpada, uma tomada, uma tela de proteção anti-mosquitos, uma janela e uma porta. As outras facilidades disponíveis estavam do lado de fora. O lugar onde eu passei a maior parte do tempo foi na varanda do bangalô com uma vista incrível do rio Mekong que foi a maior atração de todas, acordei todos os dias cedo para apreciar sem moderação o sol nascer

A família do proprietário dos bangalôs (Phao) nos recebeu muito bem, nos ajudando com tudo e praticando o pouco inglês que sabem. Phao nos apresentou seus 3 meninos: Lion, Elephant e Tiger. A menina não tinha nome de animal e por isso eu não vou lembrar agora. As crianças são uma graça!

Na ilha reencontramos Janis, o alemão doidão de Luang Prabang e fizemos uma nova amizade, Nithun, um indiano mega gente fina e super descontraídasso. As atividade na ilha se resumem a relaxar e gozar. Outras opções são os tours que são oferecidos nas outras ilhas nos arredores. Fiz os dois: tubbing e kayaking. O tubbing não foi novidade, fiz isso em Vang Vieng e repeti a dose pelo grupo e pra relaxar os músculos

O dia de kayaking foi bem interessante, saímos as 8am com previsão de chegada as 6pm, um dia cheio de aventuras e peripécias. Alguns trechos de kayak foram bem intensos, exigindo algumas das habilidades que eu não tenho, o que foi hilário

Na primeira parada do kayaking vimos a maior cachoeira da Ásia em volume, um espetáculo natural. Depois mais remadas até o ponto de observação de golfinhos, mas nada demais nisso, vi alguns golfinhos e a minha vida não mudou nada. Mais e mais remadas (meu braço já estava dolorido) e chagamos do outro lado do rio pisando em terras Cambojanas, para o almoço. Já pude ter um gosto do Camboja tomando a cerveja Angkor, a mais popular. Comida muito simples, arroz com coisas, e um pequeno deito no ponto de observação dos golfinhos pra geral pirar

Rema, rema, remador... rema, dor, rema, dor... tomamos o caminho de volta até o ponto de partida e foi o auge do meu cansaço. Ok, não queria chegar a esse ponto mas vou desabafar: dividi o kayak com a Lea (ficava só pincelando a água com o remo) e como eu não queria ficar pra trás coloquei força extra nas remadas. Depois de horas usando "força extra" eu sentia cada pulsada nas veias dos braços e ombros e no fim do percurso não conseguia nem acenar um tchau. O passeio acabou legal com o pôr-do-sol na nossa cara e eu pude ouvir o sol me dizendo "Daniel, faça como eu, ponha-se aqui e vá iluminar o outro lado do mundo"

A noite íamos para os mesmos lugares onde todas as 59 pessoas (número aproximado) da ilha iam: Reggae Bar, Happy Bar ou Sunset Bar, todos muito relax com músicas relaxantes, drinks relaxantes, comidas relaxantes e tudo mais que pode ser relaxante. A noite de Natal no Reggae Bar teve a participação especial de um saxofonista mandando um som natalino fenomenal, o cara é fera e tocou o coração de todos com o espírito natalino

Lugares isolados têm seus prós e contras, relaxei tanto que um dia após o kayaking e um dia antes de partir peguei uma inflamação na garganta que me capotou na cama por um dia inteiro. Mas não se assustem, eu tive uma pessoa pra cuidar de mim, Leanne é o nome desse anjo. Ela me deu muita força, serei eternamente grato, no outro dia já acordei bem

Bom, resumi bem a minha estadia em Don Det, não detalhei muito as atividades diárias pois estava difícil ligar o notebook para qualquer coisa, algo nessa ilha impede o funcionamento perfeito de aparelhos eletrônicos, exceto a minha querida e adorada câmera fotográfica. Pena que eu não encontrei nenhum urso polar... #chatiado

o.Ô'

3 comentários:

  1. Ahhh sem urso? haha golfinhos... puff,tão exibidos!

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    1. Preferia ter visto os ursos polares... eles são muito mais interessantes

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  2. and not all perfect,but angels are always beside us can believe

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